A indústria de colágeno do Brasil desperta os olhares de grandes empresas do Exterior. A norte-americana Darling Ingredients oficializou a compra da fabricante catarinense Gelnex por US$ 1,2 bilhão – o que corresponde a R$ 6,4 bilhões no câmbio atual.
Detalhe: o valor será pago em dinheiro e é a maior transação do segmento de bens de consumo no Brasil ao longo deste ano, segundo o Pipeline do Valor Econômico. O banco Santander e a Morgan Stanley auxiliaram nas negociações.
Fundada em 1998 na cidade de Itá, a Gelnex consolidou-se como uma indústria de colágeno global, além de se especializar na produção de gelatina. Mantém seis fábricas, sendo quatro no Brasil, uma no Paraguai e outra nos Estados Unidos. Atualmente, mais de 60 países já dispõem do portfólio da companhia, que tem a indústria farmacêutica como cliente majoritário.
Seus ingredientes são utilizados em suplementos, barras de cereais, bebidas lácteas, balas, comprimidos e produtos de beleza. A capacidade produtiva anual de peptídeos de colágeno gira em torno de 50 mil toneladas.
A concorrência para a compra da indústria de colágeno brasileira foi intensa e envolveu duas multinacionais de nutrição animal – as brasileiras JBS e Marfrig. Fundos de private equity internacionais também entraram na disputa.
A Darling é uma companhia de 140 anos e tem sede no estado do Texas, com US$ 65 bilhões de valor de mercado. Atua também na transformação de subprodutos comestíveis e resíduos de alimentos em produtos sustentáveis e em energia renovável. Com 250 fábricas em 17 países, comercializa produtos à base de gelatina e colágeno para grandes indústrias farmacêuticas e do setor de cosmética.
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