O Globo | by Luciana Casemiro
28/01/22 - A Amil foi notificada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), na quarta-feira, para dar explicações a respeito de informações veiculadas pela imprensa mencionando a possível saída da United Health, controladora do Grupo Amil, do Brasil. A operadora tem dez dias, a partir do recebimento do ofício, para responder a reguladora.
Uma das preocupações da agência seria a transferência dos 337.459 contratos de planos de saúde individuais para a Assistência Personalizada à Saúde (APS), autorizada pela agência, em 22 de dezembro, concretizada no último dia 1º.
Em nota, a ANS confirma o envio do ofício e diz que "atua na defesa do interesse público e monitora o setor de saúde suplementar de forma permanente".
A Amil, em nota, diz que responderá à ANS no prazo determinado.
Segundo fontes, para se desfazer da carteira, a UnitedHealth, dona da Amil, vai desembolsar R$ 3 bilhões para que a APS assuma os contratos.A transação envolve ainda o veículo de investimento Fiord Capital.
Analistas de mercado avaliam que a transferência da deficitária carteira de planos individuais para APS será o primeiro passo para que a UnitesHealth negociasse a venda da Amil.
Neste mês, no entanto, fontes do mercado têm dito que a intenção do grupo americano não seria vender exclusivamente a operadora, mas todos os seus ativos no país, que inclui entre outros negócios, o Américas Serviços Médicos, que contabiliza 16 hospitais e 41 clínicas médicas, distribuídos em seis estados brasileiros, com estrutura que soma 2.332 leitos e mais de 17 mil profissionais.
Sediada em Jundiaí, a APS também faz parte do UnitesHealth Group, mas tinha até o início deste mês pouco mais de 11 mil usuários. Entre os beneficiários da Amil que serão transferidos para a empresa, a maioria está em São Paulo, 260 mil, os demais estão divididos entre Paraná e Rio de Janeiro.
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