ANS: presidente compara Indústria Farmacêutica com a Disney

ans-agencia-nacional-de-saude-suplementar | STAR Telerradiologia

 

A recente declaração do presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Rebello, comparando o Brasil a uma "Disneylândia para a indústria farmacêutica", tem gerado intensos debates e reflexões sobre o setor de saúde no país. A metáfora usada por Rebello destaca a facilidade com que medicamentos de alto custo são incorporados ao rol de procedimentos obrigatórios dos planos de saúde, uma situação que, segundo ele, favorece desproporcionalmente a indústria farmacêutica.

A crítica aponta para a necessidade de uma avaliação mais rigorosa dos medicamentos antes de sua aprovação para cobertura pelos planos de saúde, especialmente considerando o impacto financeiro que isso pode ter sobre as operadoras e, consequentemente, sobre os custos para os consumidores. A situação é agravada pela judicialização intensa no Brasil, onde decisões judiciais frequentemente determinam a incorporação de medicamentos sem uma avaliação prévia completa de sua eficácia e segurança.

O presidente da ANS também mencionou a Lei 14.454, que permite que beneficiários de planos de saúde tenham acesso a medicamentos não incorporados pela agência reguladora, desde que haja evidência científica de sua eficácia. Isso cria um cenário desafiador para o setor, estimulando um mercado amplo sem incentivar a avaliação rigorosa da tecnologia para verificar a efetividade e eficácia dos medicamentos.

A discussão levantada por Rebello é fundamental para o futuro da saúde suplementar no Brasil. Ela chama a atenção para a necessidade de equilibrar o acesso a novas tecnologias e medicamentos com a sustentabilidade financeira do sistema de saúde. A indústria farmacêutica, por sua vez, defende que os planos de saúde têm despesas menores com medicamentos do que os recursos desperdiçados com fraudes, e que a saúde suplementar no Brasil ainda está atrasada na incorporação de novas tecnologias e na gestão dos serviços prestados.

Este debate é crucial para garantir que o acesso a tratamentos de saúde seja justo e acessível, sem comprometer a qualidade e a inovação. A saúde é um direito de todos, e a gestão responsável dos recursos é essencial para que esse direito seja preservado. A "Disneylândia" mencionada por Rebello pode ser vista como um alerta para que o Brasil repense suas políticas de saúde e encontre um equilíbrio entre os interesses da indústria farmacêutica e as necessidades da população.

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

DikaJob de

Para adicionar comentários, você deve ser membro de DikaJob.

Join DikaJob

Faça seu post no DikaJob