Ansiedade: quando deixa de ser saudável e se torna uma doença

“O coração dispara, tropeça, quase para.” Esses são versos da música “Amei te Ver”, do cantor Tiago Iorc, mas também poderia ser a trilha sonora do transtorno da ansiedade, doença que acomete 260 milhões de pessoas no mundo.

Coração disparado, sudorese, falta de ar, tremores, insônia, tensão muscular, pensamentos negativos automáticos e preocupação excessiva com o futuro são alguns dos sintomas dessa epidemia que atinge 18,6 milhões de brasileiros. Os dados são da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Tanto se fala nisso, que é bastante comum as pessoas confundirem ansiedade com o transtorno em si. Sentir-se ansioso por conta de algum evento importante, uma viagem ou uma promoção, por exemplo, é algo instintivo. A ansiedade é algo normal do ser humano, que pode trazer motivação e impulsionar para o crescimento. Porém, passa a ser prejudicial quando sai dessa normalidade e o nível de ansiedade aumenta. A percepção começa a ficar alterada devido a sentimentos de medo e apreensão exagerados.

Os sinais da ansiedade podem aparecer em diversas situações, porém o transtorno em si pode ser caracterizado quando a pessoa apresenta um conjunto de sintomas que prejudicam sua vida. Em nível elevado, pode inclusive desencadear crises. O primeiro passo é avaliar a frequência com que esses sintomas aparecem e como estão impactando a vida do indivíduo. E, para isso, um profissional regulamentado e especialista é importante. Afinal, sentir tensão muscular ou o coração disparado todos os dias não é normal.

As crises são uma reação emocional extrema de alarde e podem ser causadas por situações estressantes, medo excessivo e acontecimentos traumáticos. A ansiedade pode atrapalhar, e muito, a vida das pessoas porque mexe com a autoestima e o medo do futuro pode ser paralisante. Dependendo do grau, a ansiedade pode impedir a pessoa até de sair de casa, trabalhar e ter uma vida social. A depressão é um transtorno de ansiedade e ainda é vista como frescura por muitos. Quando, na verdade, envolve questões psíquicas, emocionais e químicas.
Ao notar que a ansiedade está presente de maneira excessiva a orientação é buscar a ajuda de um psicólogo. A pessoa não deve espere que se desencadeie uma crise. O profissional pode ajudar a identificar a raiz que dispara os gatilhos da ansiedade, proporcionar o autoconhecimento e promover sua saúde emocional.

Como um dos sintomas mais frequentes é a falta de ar, trabalhar a respiração também é uma boa dica. Além disso, é bem característico da ansiedade o excesso de preocupação com o futuro, sem viver o presente. Por isso, é indicado procurar atividades que permitam viver o momento, com prazer e relaxamento. O autocuidado é, portanto, fundamental.

Praticar atividade física, ter uma alimentação balanceada e ficar atento aos pensamentos negativos também são recomendações importantes. A pessoa deve estimular a mesma com palavras de incentivo, de autovalorização, como, por exemplo, ?eu sou capaz, eu sou importante e posso fazer a diferença e assim por diante?.

Otimismo e positividade são maneiras de viver o presente da forma como ele é, sem se preocupar com o passado ou o futuro. Mais que o pensamento positivo é a consciência do poder das nossas ações, de ser protagonista da própria vida.

Fonte: Folha de Londrina

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