Correio Braziliense
17/06/20 - Muitos estudiosos da área acreditam que um tratamento eficaz para a covid-19 deverá vir de uma combinação de medicamentos. Esse é um dos motivos que levam grupos de pesquisa a investigarem, ao mesmo tempo, diferentes abordagens contra o novo coronavírus.
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Os testes com a dexametasona fazem parte do estudo clínico Recovery, que envolve mais 11.500 pacientes, divididos entre testes clínicos com cinco medicamentos e o uso de plasma de sobreviventes da infecção do Sars-CoV-2.
Uma das drogas, a hidroxicloroquina, foi interrompida no início deste mês por não apresentar “efeitos benéficos” em voluntários hospitalizados. “É decepcionante que esse tratamento seja ineficaz, mas nos permite focar nos cuidados e na pesquisa de medicamentos mais promissores”, disse o principal pesquisador do ensaio, Peter Horby, quando anunciou a cessação “imediata” da inclusão de novos pacientes.
Ontem, por sua vez, Peter Horby estava otimista ao falar sobre os efeitos da dexametasona em uma coletiva com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johson. O premiê disse estar “orgulhoso” com o trabalho da equipe de cientistas, classificado por ele como “o maior avanço até agora” no enfrentamento à covid-19.
A intenção do governo britânico é adotar abordagem imediatamente. O medicamento tem sido armazenado há alguns meses devido à grande expectativa em torno do Recovery. Há 200 mil doses disponíveis. Os resultados divulgados por Peter Horby ainda não foram publicados em uma revista científica. Segundo ele, a divulgação ocorrerá o mais rápido possível.
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