ilustração de número 1 com cartela de remédios e caneta de insulina

Primeira terapia preventiva contra diabetes tipo 1 é liberada pelo governo americano. Ilustração: Veja Saúde/SAÚDE é Vital

 

Agência regulatória americana dá aval a tratamento preventivo inédito contra a versão autoimune da doença. O que esperar dele?

 

O FDA, agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, aprovou um medicamento injetável que ajuda a retardar a progressão do diabetes tipo 1. Desenvolvido pela biofarmacêutica Provention Bio, o anticorpo monoclonal teplizumabe será vendido sob a marca Tzield, estará disponível em todo o país até o final deste ano, em um acordo de co-promoção com a Sanofi.

Este é o primeiro remédio aprovado capaz de retardar o desenvolvimento da doença. O teplizumabe pode desativar as células imunes que atacam a produção de insulina, enquanto ajudam a moderar a resposta imune do organismo. O tratamento é indicado para adultos em estágio 3 da doença e pacientes pediátricos de 8 anos ou mais que atualmente têm diabetes do mesmo tipo em estágio 2. O medicamento injetável por infusão intravenosa tem indicação para ser aplicado uma vez ao dia durante 14 dias consecutivos.

 

O que é o diabetes tipo 1
O diabetes tipo 1 é uma doença que ocorre quando o sistema imunológico ataca e destrói as células que produzem insulina. As pessoas com diagnóstico da doença têm aumento da glicose que requer aplicação de insulina (ou uso de uma bomba de insulina) para sobreviver e é preciso verificar seus níveis de açúcar no sangue regularmente ao longo do dia. A injeção de Tzield pode desativar as células imunes que atacam as células produtoras de insulina, enquanto aumenta a proporção de células que ajudam a moderar a resposta imune.

“A aprovação de uma terapia de primeira classe adiciona uma nova opção de tratamento importante para certos pacientes de risco. O potencial do medicamento para atrasar o diagnóstico clínico de diabetes tipo 1 pode proporcionar aos pacientes meses a anos sem o fardo da doença”, afirma John Sharretts, diretor da Divisão de Diabetes, Distúrbios Lipídicos e Obesidade no Centro de Avaliação de Medicamentos da FDA.

Os efeitos colaterais mais comuns do remédio incluem diminuição dos níveis de certos glóbulos brancos, erupção cutânea e dor de cabeça. O uso, assim como outros medicamentos, vem com advertências e precauções, incluindo pré-medicação e monitoramento dos sintomas da Síndrome de Liberação de Citocina; risco de infecções graves; diminuição dos níveis de um tipo de glóbulo branco chamado linfócitos; risco de reações de hipersensibilidade; a necessidade vacinação adequadas à idade antes de iniciar o Tzield; assim como evitar o uso concomitante de vacinas vivas, inativadas e de mRNA com Tzield.

 

Fonte Veja Saúde

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