Luiz Piccoli, CEO do Grupo Cless
por Renata Martins
Brazil Neauty News
Com a incorporação, grupo ganha espaço em pequenos varejistas, aumenta sua capacidade produtiva e passa a produzir as próprias embalagens.
Dona de marcas como Charming, de sprays e mousses, Lightner, de descolorantes, e Essenza, de alisantes capilares, a Cless completa 14 anos no mercado brasileiro de beleza e higiene pessoal com uma nova aquisição: a Opus Cosméticos. Além de assumir as marcas da companhia, a operação engloba a compra de suas unidades industriais e deve gerar um faturamento integrado de R$ 300 milhões neste ano.
style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="1871484486">“A Cless pretende crescer 25% sobre as receitas consolidadas de ambas as empresas em 2017. A expectativa desta alta se deve ao aproveitamento da sinergia de canais e à especialização da nossa força de venda”, afirma Luiz Piccoli, CEO do Grupo Cless.
Com quase meio século de história, a Opus se estabeleceu no mercado brasileiro por meio de distribuidores e atacadistas que conseguiram inserir seus produtos – a maioria voltada para classes mais populares – em pequenos varejistas independentes e cadeias regionais. Em seu catálogo, destacam-se os lenços umedecidos e talco infantis Baby Poppy e a linha de cuidados com os cabelos Salon Opus, além de sabonetes íntimos, toalha demaquilante, repelente de insetos e absorvente para os seios para lactantes.
“O portfólio da Opus é totalmente complementar e a cooperação em termos de canal é gigante. A Cless, historicamente, é forte nos segmentos de perfumaria e farmácia. Já a Opus tem excelente presença no setor varejista alimentar. As marcas irão se ajudar muito”, diz Piccoli.
A nova incorporação também permitirá ao grupo o aumento de sua capacidade produtiva, que era um dos maiores entraves para seu contínuo crescimento. A Opus dispõe de uma unidade industrial voltada para grandes volumes e alta produtividade instalada em São Paulo, além de uma planta com máquinas injetoras e sopradoras para a confecção de embalagens. “Passamos a produzir as nossas próprias embalagens e moldes. Isso nos traz mais agilidade e inovação e confere mais competitividade às nossas marcas”, aponta Piccoli.
A transação não teve o valor divulgado, mas ele afirma que a compra foi efetuada com recursos próprios da empresa. Há quatro anos, a Cless teve 30% de suas ações vendidas para a One Equity Partners, braço de investimentos de private equity que era controlado pelo banco americano J.P. Morgan.
Outra aposta do presidente do grupo é a Cless Conceito, empresa de vendas diretas que acaba de ser apresentada ao mercado. A estreia no canal se deu há quase um ano, com a Cless Multinível, que consumiu cerca de R$ 30 milhões e teve resultados financeiros tímidos. “Estávamos aprendendo a operar esse segmento de maneira alinhada aos nossos valores e princípios”, justifica Piccoli. “Após muito aprendizado, lançamos agora a Cless Conceito”.
O catálogo conta com produtos da marca Cless em segmentos bastante variados, que vão de fragrâncias e esmaltes a artigos para limpeza da casa e higiene de animais de estimação. Os consultores entram no negócio com investimentos a partir de R$ 200 e podem usufruir de uma estrutura de apoio para receber clientes e equipe, com sala de reunião, loja de produtos e salão profissional. A Cless Conceito oferece plano de carreira e prêmios como carros importados e viagens para a Disney e Dubai.
“Entendemos que a sólida reputação de nossa indústria poderia contribuir com a ocupação de milhares de pessoas com bom potencial neste momento de grave crise do nosso país e alto nível de desemprego. A recepção pelo mercado foi incrível e estamos muito animados”, afirma Piccoli.
Com a aquisição da Opus Cosméticos e o novo modelo de marketing multinível, o Grupo Cless projeta um faturamento de R$ 1 bilhão em 2020.
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