Mudanças radicais estão chegando à cadeia de suprimentos farmacêuticos do Brasil. O plano de serialização, que integra o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM), e entrará em vigor a partir de abril de 2022, precisa ser iniciado até dezembro de 2020. Especialistas alertam que a indústria farmacêutica está atrasada nesse processo, o que pode comprometer a sobrevivência de muitas empresas do setor.
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O sistema propiciará um expressivo aumento da segurança e do controle de medicamentos não só para fabricantes e importadores, mas também para distribuidores, clínicas, hospitais e pacientes. Tais medidas, aceitas internacionalmente, permitirão ao Brasil proteger a população contra problemas relacionados à falsificação de remédios e roubo de cargas.
“Mas se os prazos não forem cumpridos, as indústrias correm risco de ter suspensas suas operações de venda, o que afeta a cadeia como um todo”, adverte Vinicius Bagnarolli, diretor de operações na América Latina da rfxcel, empresa global em gerenciamento de supply chain.
A companhia acumula em torno de 1 mil implementações de soluções do gênero, para mais de 200 clientes nas Américas, Europa e Ásia. Recentemente, assinou um contrato de cinco anos com a Hypera Pharma.
De acordo com o executivo, dois anos podem parecer muito tempo, mas não são. Na prática, somente a primeira etapa do plano de serialização pode dispender até 45 dias úteis, enquanto todas as demais fases têm duração em torno de dez meses.
O SNCM exige que as farmacêuticas coloquem em prática muitos métodos e comportamentos novos. Isso inclui a implementação do nível de unidade de serialização, além de rastrear produtos à medida que elas se movem pela cadeia de suprimentos.
As empresas também terão que enviar dados detalhados de transações entre si e para o governo, por meio da Anvisa.
“As indústrias serão obrigadas a fazer uma análise minuciosa de processos, linhas e características da cadeia de suprimentos, para identificar e documentar as metas e fases da implementação”, conclui.
Fonte: Medicinasa
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