Aumento da sífilis preocupa

Correio Braziliense

Jornalista: Indefinido

01/11/19 - Começa hoje a campanha Sem camisinha, você assume o risco, do Ministério da Saúde, cujo objetivo é promover ações, divulgar informações e provocar reflexões, até 15 de dezembro, sobre as consequências do sexo sem proteção para estimular a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) entre jovens de 15 a 29 anos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os dias ocorrem um milhão de novas infecções.

Uma das preocupações é o aumento nos casos de sífilis. Segundo o Ministério da Saúde, a sífilis adquirida (passada de uma pessoa para outra) aumentou 32% em 2018, quando foram registrados 158.051 casos contra os 119.800 de 2017. Nas gestantes, os casos tiveram aumento de 25,7%, com 62.599 ocorrências, e taxa de 21,4 casos por mil nascimentos.

A sífilis congênita (de mãe para filho, em menores de um ano) aumentou 5%, com 26.219 casos, incidência em nove casos a cada mil nascimentos. Para a hepatite C, o levantamento do Ministério é 12,6 casos a cada 100 mil habitantes. “Se continuar desse jeito, crescente, a sífilis vai ser a principal das infecções num cenário curto, muito maior que a Aids”, afirmou o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, na coletiva de anúncio da campanha.

Sobre a sífilis congênita, o ministro destacou iniciativas como pré-natal, investimentos em saúde primária, médicos pelo Brasil, parceria coma sociedade, como forma de prevenir a transmissão, que, segundo ele, estão sendo realizadas. “É uma luta enorme, mas a gente vê que essa estratégia começa a jogar o gráfico para baixo”, disse.

Para ele, informação é o maior desafio da campanha. “Você tem que abordar a consequência do não uso (da camisinha). Vai provocar o receio de não usar e saber a consequência. É uma doença que a pessoa precisa enxergar que existe”, afirmou.

Com dados crescentes sobre incidência de ISTs, a campanha inclui informações sobre herpes genital, sífilis, gonorreia, HIV, HPV, hepatites virais B e C, cancro mole e clamídia, e contará com R$ 15 milhões para ser veiculada em televisão, internet, mídia exterior, outdoors, painéis em rodoviárias e TVs em rodoviárias, ônibus, shoppings e cinemas a partir de hoje.

De acordo com a Ministério da Saúde, as infecções são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos e transmitidas principalmente por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão pode acontecer também da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. Outra forma de contágio, menos comum, é pelo contato com secreções corporais contaminadas. O Sistema Único de Saúde (SUS) garante o atendimento, o diagnóstico e o tratamento gratuitamente. (CN)

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