Implante vaginal provocaria sérios efeitos colaterais nas pacientes - Duke Health
Segundo governo, 'benefícios para o tratamento do prolapso dos órgãos do assoalho pélvico não compensam os riscos'
por AFP
MELBOURNE - A Austrália proibiu nesta quinta-feira o uso de telas vaginais para tratar danos no assoalho pélvico, alguns meses após uma ação coletiva contra o gigante da indústria médica Johnson & Johnson pelos supostos efeitos colaterais desses implantes. Essas telas são implantadas por uma cirurgia para tratar danos no assoalho pélvico, a incontinência urinária e o prolapso vaginal.
O caso está sendo investigado pelo Parlamento, devido às complicações associadas e a seus efeitos colaterais. Diversos jornais locais publicaram testemunhos de mulheres que garantem que esse dispositivo as deixou com dores crônicas muito severas.
style="display:block" data-ad-format="autorelaxed" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="7514086806">A Agência para a Administração de Produtos Terapêuticos (TGA) declarou ter examinado evidências clínicas sobre os implantes feitos na Austrália e que também revisou os últimos estudos internacionais.
"A TGA acredita que os benefícios de usar telas transvaginais para o tratamento do prolapso dos órgãos do assoalho pélvico não compensam os riscos que esses produtos implicam para os pacientes", disse a agência do governo em um comunicado.
A instituição afirmou ainda ter identificado uma "falta de evidência científica adequada" de que teria mais benefícios do que riscos ao usá-las para tratar a incontinência urinária.
Os produtos serão eliminados da lista que orienta os dispositivos médicos na Austrália a partir do dia 4 de janeiro do ano que vem.
Gai Thompson, uma das demandantes da ação coletiva apresentada na Austrália, celebrou a notícia:
"Acho que as pessoas não entendem que não há um dia, desde que eu fiz esse implante, em que eu não sinta dor", desabafou, em entrevista à rede ABC.
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