A AstraZeneca resolveu uma dispouta de patentes após a aquisição da Alexion, com um acordo para pagar US$ 775 milhões para a Chugai Pharma, subsidiária japonesa da Roche.
A situação se se concentrava no Ultomiris (ravulizumab), inibidor de C5 de longa duração da Alexion para hemoglobinuria noturna paroxística e síndrome uraêmica hemolítica (HUS).
A Chugai alegou que o Ultomiris usa uma tecnologia de entrega projetada para reduzir a frequência de dosagem da droga que infringe patentes que a empresa possui, ajuizando ações nos EUA e no Japão em 2018 em defesa de sua propriedade intelectual.
Em março de 2020, a Suprema Corte do Japão rejeitou um recurso contra uma decisão anterior que considerou que uma das patentes de Chugai envolvidas no processo japonês era inválida. E em outubro passado, o Escritório de Patentes japonês invalidou quatro patentes de Chugai, incluindo as afirmadas no caso judicial japonês – uma decisão recorrida pela Chugai.
Ambas as partes concordaram em retirar suas queixas como resultado do acordo, que não inclui outros pagamentos – incluindo royalties – além do valor único a ser pago no segundo trimestre.
A AZ disse que o acordo seria registrado como uma taxa não-core em seus resultados do segundo trimestre, enquanto a Chugai disse que o impacto em seus resultados financeiros para o ano fiscal que termina em dezembro de 2022 "está atualmente sob revisão".
O acordo será um alívio para a AZ, já que o Ultomiris está no centro da aquisição de US$ 39 bilhões da AZ da Alexion no ano passado.
A droga é ums evolução da droga mais vendida de Alexion, Soliris (eculizumab), que está se aproximando do fim de sua patente, e, com outros fabricantes de drogas, incluindo a Amgen, desenvolvendo concorrentes biossimilares.
O Ultomiris requer dosagem a cada oito semanas, enquanto Soliris é dado a cada duas semanas, e a AZ espera que a frequência reduzida impulsione as vendas da droga mais nova e defenda a franquia inibidora C5 nos anos seguintes.
O Ultomiris trouxe vendas de US$ 391 milhões no quarto trimestre de 2021, mas ainda está atrás de Soliris – que é aprovado para mais indicações, incluindo o medicamento de miasthenia generalizada (gMG) e o distúrbio do espectro neuromienoite optica (NMOSD) – que fez mais de US$ 1 bilhão no mesmo período.
A AZ/Alexion está desenvolvendo o Ultomiris para gMG e NMOSD, e também estão trabalhando em uma nova formulação subcutânea da droga que permitiria aos pacientes fazer a aplicação ao inves de visitar uma clínica para uma infusão intravenosa.
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