Azeite de oliva reduz risco cardiovascular

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Correio Braziliense

18/03/20 - Uma boa troca para se fazer na cozinha, segundo um estudo da Escola de Saúde Pública Harvard T.H. Chan, em Boston, é usar azeite de oliva no lugar de maionese, manteiga ou margarina. Depois de ajustar fatores dietéticos e de estilo de vida, os autores descobriram que pessoas que consumem mais de meia colher de sopa de azeite por dia têm 15% menos risco de ter qualquer doença cardiovascular e 21% menos de sofrer de doença coronariana. Contudo, isso não teve impacto sobre a chance de derrame. O resultado foi apresentado na reunião da Associação Norte-americana do Coração.

Os pesquisadores também descobriram que substituir uma colher de sopa de manteiga, margarina, maionese ou gordura do leite pela mesma quantidade de azeite de oliva reduziu em 7% o risco de doença cardíaca. “Estudos anteriores associaram o consumo elevado de azeite com saúde cardiovascular melhor, particularmente em países mediterrâneos, onde esse ingrediente é muito mais ingerido que nos Estados Unidos. Uma coisa interessante que nossa pesquisa mostrou é que, embora o azeite de oliva seja melhor que qualquer gordura animal, não é superior a outros óleos vegetais. Ou seja: substituir qualquer tipo de gordura animal por óleos vegetais, incluindo azeite, mas podendo ser outros também, como óleo de soja, milho ou canola, pode ser uma estratégia importante para melhorar a saúde cardiovascular”, escreveram os autores.


O estudo foi realizado com dados de 63.867 mulheres e 35.512 homens, acompanhados entre 1990 e 2014. Todos eles estavam livres de câncer, doenças cardíacas ou qualquer outra enfermidade crônica no início da pesquisa. A cada quatro anos, os participantes respondiam questionários sobre dieta e estilo de vida. Os autores ressaltam que se trata de um estudo observacional, em que não tem o objetivo de identificar uma relação de causa e efeito, mas uma associação entre a ingestão de azeite e os benefícios à saúde. “Pesquisas futuras são necessárias para investigar os mecanismos por trás dessa associação, bem como os efeitos de outros óleos vegetais na saúde do coração”, afirmou, em comunicado, Guasch-Ferre, integrante da equipe.

21% é  a queda no risco de surgimento de doenças coronarianas com a ingestão regular de azeite

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