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Cientistas foram homenageadas no livro “A Ciência com Rosto de Mulher”, distribuído no Brasil, Alemanha e EUA

 

by Cris Arcangeli | Exame

 

Sou absolutamente fascinada pela capacidade, resiliência, inteligência, força, entre outras qualidades que nós, mulheres, temos. Não é à toa, quem sabe, que a palavra Inovação – uma das minhas preferidas - é um substantivo feminino. Lancei recentemente o Selo “Made by Women”, para empresas que levam o empreendedorismo feminino a sério, inovando por ciência e tecnologia do Brasil para o mundo. Um verdadeiro reforço de meu apoio ao empreendedorismo feminino e por empresas que tem sua cadeia de produção majoritariamente feminina, comprovando mais uma vez a alta efetividade do Brasil em ciência e inovação por mulheres.

Uma das empresas que já detém o selo e que quero contar a história hoje é criada por uma mulher sensacional, uma jovem cientista chamada Jackeline Alecrim, que tem grande destaque na produção científica nacional. Ela faz parte de um seleto time de 30 cientistas brasileiras homenageadas pela Bayer no livro “A Ciência com Rosto de Mulher”, que foi publicado aqui no Brasil, nos Estados Unidos e na Alemanha, com as devidas traduções.

Essas mulheres determinadas e corajosas foram escolhidas pela Bayer para incentivar a inserção da mulher num campo tão vasto como a Ciência e também apontar os desafios que encaram de peito aberto, literalmente.

Nossa amiga Jackeline, por exemplo, além de cientista, é empreendedora e revolucionou o mercado de cosméticos científicos no Brasil e no mundo. Ela foi pioneira ao desenvolver um estudo que originou uma patente do uso de fitoativos provenientes de um extrato biotecnológico de café, com eficácia clinicamente comprovada, contra alopecias e queda capilar, um problema que vem afetando homens e mulheres em todo o mundo.

Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) mostram que 42 milhões de brasileiros se queixam da queda de cabelo em algum grau. Embora este problema afete mais os homens, nas mulheres pode ocorrer uma queda de fios acentuada a partir dos 50 anos.

A resiliência, unida à inovação e à persistência são características dessa cientista que não só desenvolveu todo o estudo com recursos próprios, como estava pesquisando dentro do laboratório sete horas antes de dar à luz e somente 14 dias depois do parto passou já se desdobrava entre a pesquisa e a amamentação, nos corredores da própria Universidade. A persistência vem de acreditar num projeto que levou quatro anos de pesquisa, para que os resultados fossem concretizados em forma de uma patente única no mundo, com eficácia clinicamente comprovada.

O lado de empreendedora veio à tona em 2017, quando a fórmula foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil, o que permitiu que Jackeline comercializasse o produto elaborado a partir da biotecnologia patenteada. Foi então que ela fundou a Magicscience Brasil, da qual é CEO, que ganhou repercussão em nosso país e no exterior. Usando sua inteligência, capacidade e força, Jackeline apostou no crescimento da Magicscience Brasil, que hoje conta com mais de dez formulações inovadoras e leva seus produtos para clientes de mais de 21 países.

Mas nem tudo foram flores na trajetória de Jackeline: ela sempre estudou em escolas públicas e foi a primeira pessoa a ter um curso superior entre todas as gerações de sua família. Depois de se graduar em Farmácia, fez especialização em Cosmetologia Avançada, Fitoativos e Farmacologia Clínica. Tem paixão pela pesquisa, desenvolvimento e posicionamento mercadológico de cosméticos e dermocosméticos científicos inovadores, consultoria científica e empreendedorismo estratégico. Sua experiência inclui docência de disciplinas como Cosmetologia, Farmacologia Clínica, Química Farmacêutica e Empreendedorismo em Saúde, área na qual atuou por nove anos.

Hoje as mulheres correspondem a metade dos cientistas do país, cujas pesquisas científicas podem auxiliam no desenvolvimento de diversos tipos de produtos. Mas para que isso aconteça e possa beneficiar a sociedade, Jackie diz que é preciso aproximar a ciência do mercado, ou seja, tangibilizar os feitos científicos e transformá-los em produtos e serviços com uma qualidade a mais: feitos por mulheres. Muitas vezes, as descobertas dos e das cientistas não são devidamente trabalhadas e nem os produtos decorrentes são disponibilizados no mercado, desperdiçando um grande potencial mercadológico, científico e social. Inúmeras descobertas científicas não são devidamente trabalhadas e isso representa um grande potencial mercadológico, científico e social desperdiçado.

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