por UOL
15/01/20 - A FDA (agência norte-americana que regula produtos alimentícios e farmacêuticos) analisou o medicamento Belviq, usado para controle de peso em pessoas obesas, e descobriu que ele pode aumentar o risco de câncer. O estudo realizado pela agência foi publicado na terça-feira (14).
A lorcasserina (droga presente no remédio) foi aprovada nos EUA em 2012. Na época, a FDA exigiu que o fabricante, a empresa Eisai, realizasse um estudo clínico randomizado, duplo-cego (quando nem o examinado nem o examinador sabem que serão utilizados no estudo) e controlado por placebo para avaliar o risco de problemas relacionados ao coração.
Neste estudo, realizado em aproximadamente 12.000 participantes em cinco anos, mais usuários de lorcasserina foram diagnosticados com câncer em comparação com pacientes que usavam o placebo (um tratamento inativo).
A causa da doença ainda é incerta e os agentes afirmam não poder concluir que o remédio contribua para o risco de câncer. "No entanto, queríamos conscientizar o público sobre esse risco potencial. Continuamos a avaliar os resultados dos ensaios clínicos e comunicaremos nossas conclusões e recomendações finais quando concluirmos nossa revisão", diz o comunicado.
Os resultados atuais ainda não são suficientes para o não aconselhamento do uso, mas os agentes pedem cautela: "Os profissionais de saúde devem considerar na hora da prescrição se os benefícios de tomar a lorcasserina (droga presente no remédio) provavelmente excederão os riscos potenciais". Quem faz uso do medicamento deve conversar com o médico sobre esse risco encontrado pela FDA, a fim de tomar a melhor decisão sobre seu tratamento.
Os agentes ainda pedem que os profissionais de saúde e os pacientes relatem os efeitos colaterais envolvendo o medicamento, para que eles rastreiem problemas de segurança.
No Brasil, o Belviq foi aprovado em 2016 como complemento à dieta de redução de calorias e atividade física aumentada para o controle de peso crônico em pacientes obesos ou com sobrepeso.
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