Valor Econômico
Jornalista: Ana Paula Machado
10/12/19 - A Biolab assinou acordo com a francesa Quantum Genomics para desenvolvimento, produção e comercialização de um novo medicamento indicado para a hipertensão na América Latina. Segundo o presidente da farmacêutica brasileira, Cleiton Castro Marques, o contrato prevê a coordenação de estudos clínicos do medicamento que entra em uma nova classe terapêutica dentro do tratamento da hipertensão, no país.
“Vamos realizar as pesquisas da Fase 3 em 2020 e 2021, no Brasil e no México. É a primeira vez que uma farmacêutica do país participa do desenvolvimento de um medicamento totalmente novo no mundo. Esperamos concluir os estudos em 2021 para em 2022 entrar com o pedido de registro junto à Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]”, disse Castro Marques.
Para esse contrato, o executivo afirmou que serão investidos US$ 22 milhões ao longo dos próximos três anos. “Negociamos durante um ano esse contrato e pelo acordo, teremos a exclusividade de comercialização na América Latina. Somos fortes em há uma hora Empresas medicamentos para o sistema cardiovascular no país e com esse remédio poderemos aumentar e muito nossos negócios.”
Segundo ele, a Biolab será responsável ainda pela produção do novo medicamento. No primeiro momento para a região, mas estão em negociações para produção também para outros países fora da América Latina. “Temos estrutura fabril para abrir uma nova linha de produtos. A fábrica que está em construção na cidade de Pouso Alegre (MG) foi projetada já contando com esse novo medicamento. Essa unidade estará preparada para enviar medicamentos para os Estados Unidos e Europa”, disse o executivo.
Em comunicado ao mercado, a Quantum informou que a estratégia de regionalizar os estudos clínicos, produção e comercialização se mostrou mais eficiente para geração de valor para a empresa. “Assim, será possível garantir o desenvolvimento clínico de nossa droga, contando com laboratórios para os quais a colocação no mercado de um novo tratamento para a hipertensão arterial é estratégica”, disse o gerente geral da farmacêutica, Jean-Philippe Milon.
A Biolab tem mais de 50% das suas vendas no mercado brasileiro em medicamentos voltados para o tratamento de doenças cardíacas. A farmacêutica mantém um portfólio de cerca de 140 produtos no Brasil. Neste ano, o faturamento bruto deverá registrar cerca de R$ 2,1 bilhões, já a receita líquida, aquela apurada com as vendas com desconto para o mercado, deverá chegar a R$ 1,6 bilhão. “Hoje, temos uma posição de liderança nessa classe de medicamentos e esse foi um dos fatores para o fechamento desse acordo.”
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