Foto: Divulgação Biomm registra receita líquida de R$ 20,2 milhões no 1S2020
Mesmo com atual cenário causado pela pandemia de Covid-19 no Brasil e no exterior, a Biomm, pioneira no setor de biomedicamentos no país, apresentou resultados positivos no 2T20 e no 1S20. A companhia registrou receita líquida de R$ 11,2 milhões no 2T20 (contra R$1,5 no 2T19), resultando em um valor acumulado de R$20,2 milhões (R$3,3 milhões no mesmo período do ano anterior) até 30 de junho de 2020, o que representa um incremento de 499% em comparação ao primeiro semestre do ano anterior.
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Nos primeiros seis meses de 2020, o lucro bruto da companhia aumentou 1.186% quando comparado ao mesmo período do ano anterior e, somente no segundo trimestre, teve um incremento de 1.138%. O início da comercialização e a distribuição de medicamentos impulsionaram a receita e, consequentemente, a margem bruta.
Desde o início da pandemia, a Biomm criou um comitê de crise com reuniões diárias, e adotou uma série de medidas que visam garantir, dentre outros, a segurança e a saúde de seus colaboradores, bem como resguardar as operações e proteger o caixa da companhia. “Com a Covid-19, o cenário econômico mundial passou a ser desafiador para todos. Apesar de todas as restrições geradas e um ambiente econômico com patamares cambiais mais elevados, encerramos o primeiro semestre com um expressivo crescimento de faturamento e receita líquida em relação ao ano anterior”, diz Heraldo Marchezini, CEO da Biomm.
“Durante o primeiro semestre de 2020, seguimos ampliando a comercialização de medicamentos no mercado brasileiro, iniciada ao final de 2019, destacando o início das vendas do produto Wosulin no segundo trimestre. Nosso portfólio atual de medicamentos já comercializados inclui: Herzuma (medicamento oncológico para o tratamento de câncer de mama) e as insulinas Afrezza, única insulina inalável do mundo, e Wosulin”, afirma Marchezini.
A empresa já está se preparando para os lançamentos de novos medicamentos no próximo ano, entre os quais Glargilin (glargina) e Ghemaxan (enoxaparina). “Em abril, firmamos uma parceria com a biofarmacêutica italina Chemi, para a distribuição exclusiva no Brasil da enoxaparina sódica, medicamento para o tratamento da trombose venosa profunda e angina instável”, diz Marchezini.
A somatória das despesas de vendas, administrativas e outras despesas totalizaram R$29,5 milhões no primeiro semestre de 2020 (R$25,1 milhões no 1S19), o que representa um incremento de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já somente no 2T20, a soma das despesas totalizou R$14,4 milhões (R$11,2 milhões no 2T19), representando um incremento de 29%.
Este incremento está ligado à estruturação da companhia, para início de suas operações de comercialização e distribuição, incluindo, entre outros, a contratação de força de vendas em oncologia no segundo semestre de 2019. Neste período, também ocorreu um aumento nas despesas de depreciação e amortização sobre a estrutura em uso na unidade de Nova Lima, bem como na amortização de marcas e licenças.
O EBITDA foi negativo em R$8,8 milhões no 2T20, contra R$10,2 milhões no mesmo período do ano anterior.
A variação no resultado financeiro no primeiro semestre de 2020, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, se deve ao aumento do dólar em relação ao real, cuja desvalorização foi de aproximadamente 35%, resultando em uma variação negativa de R$10,1 milhões (negativo em R$4,6 milhões no 1S19). No segundo trimestre de 2020, o resultado financeiro foi negativo em R$2,8 milhões (R$2,4 milhões no 2T19). A elevada desvalorização cambial impactou o resultado do período, de forma que o prejuízo no primeiro semestre de 2020 foi de R$33,8 milhões (vs. R$29,2 milhões no 1S20). Já no segundo trimestre, o prejuízo foi de R$14,2 milhões
(R$13,4 milhões no 2T19).
Marchezini esclarece que “a companhia faz a gestão contínua e diária de suas operações e de seu caixa de forma a garantir a execução de seu plano de negócios e sustentabilidade. Seguimos com a estratégia de captação de recursos em linha com a política de financiamentos de suas operações e proteção cambial”. A Biomm captou US$5,3 milhões por meio de CCB (Cédula de Crédito Bancário) amparada pela lei 4131 para capital de giro.
Investimentos
A implantação de uma unidade biofarmacêutica, na cidade de Nova Lima em Minas Gerais, destinada à produção e comercialização de biofármacos (insulinas e outras proteínas terapêuticas por engenharia genética) permanece em andamento. As obras da unidade foram finalizadas e, agora, a companhia aguarda a validação e a certificação da ANVISA, que está em andamento, para que as atividades de fabricação do produto acabado sejam iniciadas.
No primeiro semestre de 2020 foram investidos R$2,1 milhões em ativo imobilizado e intangível, sendo R$1,4 milhão no segundo trimestre de 2020. Deste montante, R$15 milhões são direitos de uso por meio de contratos de arrendamentos.
No primeiro semestre de 2020, foram investidos R$3,7 milhões na área de tecnologia, sendo que no segundo trimestre, a companhia investiu R$2,7 milhões.
Estes investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento tiveram como objetivo promover o aumento da competitividade da plataforma tecnológica da Biomm. Por meio da inclusão de melhorias em processamento, foram reduzidos custos operacionais.
(Redação - Investimentos e Notícias)
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