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No London Biotechnology Show em andamento, Thomas Balkizas, diretor sênior de ciências da vida da Microsoft, destacou a importância de manter práticas éticas no desenvolvimento de IA. Crédito: Bloomberg via Getty Images.

 

No London Biotechnology Show, o diretor sênior de ciências da vida da Microsoft discutiu o uso ético do GenAI

 

Os desenvolvedores de IA no campo da biotecnologia precisam ficar atentos a potenciais "maus atores", que poderiam usar a tecnologia para fins maliciosos, diz Thomas Balkizas, diretor sênior de ciências da vida da Microsoft.

Na London Biotechnology Show, que aconteceu entre 8 a 9 de maio, Balkizas conduziu uma palestra sobre o advento da IA generativa (GenAI) no setor de biotecnologia. Ele relatou dados da Microsoft que projetavam US$ 150 bilhões em economia para os profissionais de saúde até 2026 se optassem por usar IA para evitar erros na dosagem de medicamentos. Ele disse que a tecnologia pode ser usada para diferentes propósitos, como aumentar a diversidade no recrutamento de ensaios clínicos, melhorar as opções de tratamento para cuidados neonatais e muito mais.

Ao mesmo tempo, no entanto, Balkizas destacou a importância de considerar questões éticas nas discussões em andamento sobre aplicações de IA.

GenAI é uma IA que pode produzir texto, imagens, vídeos ou outros tipos de dados usando modelos generativos. A tecnologia pode aprender e se adaptar a padrões nos dados para gerar novos dados. Desde o lançamento de grandes modelos de linguagem, como o ChatGPT da OpenAI em novembro de 2022 e o Gemini do Google DeepMind em março de 2023, o GenAI se tornou um tópico de discussão mainstream.

Balkizas alertou que, em um contexto de biotecnologia, se estiver em mãos erradas, a tecnologia GenAI poderia ser usada para desenvolver coisas como armas biológicas. Antes que uma estrutura mais ampla para regulamentos e ética de IA seja desenvolvida, Balkizas afirmou que as empresas individuais precisariam priorizar a definição de princípios para manter práticas éticas.

Os princípios de IA da Microsoft incluem o compromisso de projetar sistemas de IA que funcionem com segurança, mesmo no pior cenário, e desenvolver sistemas que protejam os dados do uso indevido e permitam direitos de privacidade. Além disso, a empresa priorizou o design de sistemas de IA que não "reforcem estereótipos e vieses indesejáveis", diz Balkizas. No entanto, ele acrescenta que o próximo passo está no desenvolvimento de mais políticas públicas para o uso correto do GenAI na biotecnologia.

Em fevereiro, a Microsoft anunciou uma parceria com a 1910 Genetics para usar uma plataforma de IA multimodal para a descoberta de medicamentos. A gigante da tecnologia também anunciou a expansão de sua colaboração com a NVIDIA em março, combinando a plataforma Azure da Microsoft com NVIDIA DGX Cloud e NVIDIA Clara para construir novos modelos de imagens médicas de IA e rotas mais rápidas para a descoberta de medicamentos.

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