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Mercado local é um dos principais para a empresa alemã, que viu seu market share no segmento crescer mais de 2 pontos percentuais no segundo trimestre

 

Por Rikardy Tooge | InfoMoney

 

Dentro do mercado pets, que vive um boom nos últimos anos, há espaços ainda pouco explorados – o que, para a Boehringer Ingelheim (BI), são oportunidades. Embora as famílias brasileiras gastem cada vez mais com cães e gatos de estimação, ainda há uma certa defasagem quando o assunto é saúde preventiva. E é nesse vácuo que a companhia alemã, vice-líder no mercado de saúde para pets no Brasil, quer atuar.

A principal aposta é consolidar a categoria de antiparasitários, em que seu produto NexGard, de uso mensal e com doses que custam de R$ 75 até R$ 200, é praticamente dominante.

Segundo José Carlos Pereira Júnior, diretor da unidade de Pets da BI no Brasil, apesar do crescimento do mercado de animais de estimação, há um grande desafio em ampliar a adesão dos consumidores a produtos preventivos. “O Brasil é um país com alto potencial de crescimento em todo o segmento veterinário, mas ainda há uma baixa taxa de verticalização”, avalia Pereira Junior. “Hoje, mais da metade dos pets do país, por exemplo, não tem acesso a ração. Literalmente, são animais que comem restos de comida dos humanos. Isso demonstra que ainda há muito espaço para crescer.”

“Nós fornecemos o único medicamento oral que combate [ao mesmo tempo] vermes, pulgas, sarna e carrapatos. E nossa estratégia é acelerar o mercado de antiparasitários cada vez mais, criando realmente uma categoria de produto [entre os tutores]”, explica Pereira. No segundo trimestre deste ano, apenas um dos produtos da linha, o NexGard Spectra, apresentou crescimento de 55,6% em vendas, segundo levantamento do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan).

O lado positivo, prossegue, é que o mercado endereçável para as empresas do setor não para de crescer. De acordo com dados do Instituto Pet Brasil (IPB), o faturamento nesse mercado cresceu 16,2% em 2022, alcançando R$ 60,2 bilhões, com tendência de novo crescimento neste ano. Para acompanhar esse ritmo, a estratégia da Boehringer está em se conectar mais com os tutores dos animais.

O contato com os “pais” vai desde ações de marketing nas novelas até propagandas nas mais diversas mídias, em que ressalta a importância do tratamento preventivo para a saúde e longevidade dos bichos de estimação. Também há uma preocupação em garantir capilaridade em todo o país. Atualmente, a BI conta com mais de 90 mil locais de venda no país. “Nós prezamos por uma exímia execução do ponto de vendas. De nada adianta eu criar uma conscientização de categoria se eu não tiver uma disponibilidade imediata do meu produto.”

Nas próximas semanas, a Boehringer colocará na rua uma nova campanha para o NexGard, aproveitando a chegada do verão, em que a incidência de pragas em pets costuma ser mais alta por conta dos passeios e viagens. Além disso, o executivo lembra que, sazonalmente, o quarto e o primeiro trimestre são os mais fortes em vendas nesse segmento.

Vale destacar ainda que a divisão brasileira de saúde animal da Boehringer, que inclui também tratamentos para animais de corte, é um dos dez principais mercados da companhia no mundo, dentre mais de 150 países. No ano passado, essa vertical da BI faturou 4,6 bilhões de euros, com o NexGard sendo responsável por mais de 1 bilhão de euros em vendas no mundo.

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