Trabalhadores carregam carvão produzido a partir de madeira extraída ilegalmente da floresta amazônica para um caminhão em Rondon do Pará - 08/06/2012 Mario Tama/Getty Images
Entre os vizinhos da América Latina, país está em 15ª posição, com resultados piores do que Paraguai e Bolívia
Revista Veja - 13 maio 2015, 16h50
(Artigo republicado)
O Brasil amargou a 78ª posição, entre 124 países, no ranking mundial de qualificação de mão de obra divulgado nesta quarta-feira pelo Fórum Econômico Mundial. O levantamento avaliou o desempenho do país em educação, distribuição de mão de obra, mercado de trabalho, percepção de negócios e capacidade de treinamento das empresas, entre outros fatores. Na América Latina, o país está em 15º lugar, atrás não só de países como Chile, Colômbia e México, mas também nações em patamar menos avançado de desenvolvimento, como Bolívia, Paraguai e Trinidad e Tobago.
Segundo o estudo, o fator determinante para a classificação foi a educação infantil. Na avaliação educacional referente ao grupo abaixo de 15 anos, o Brasil ficou em 95º lugar. No item que avalia a permanência das crianças até a conclusão do ensino básico, o país figura na 91ª posição. Já quando se leva em conta a qualidade do ensino, o Brasil fica em 109º lugar.
O ponto favorável na balança, segundo o estudo, é o nível de treinamento proporcionado por empresas a seus funcionários e o baixo índice de desemprego para o grupo de 15 a 54 anos – ou seja, toda a população em idade ativa. O alto índice de treinamento reflete a dificuldade em encontrar profissionais qualificados. Esse item de avaliação posiciona o Brasil em 108º lugar, ou seja, entre os 20 piores do mundo. No entanto, o Fórum avalia que o país possui um alto índice de excesso de qualificação para um determinado grupo: o de pessoas de 15 a 24 anos. Isso coloca o Brasil em 41ª posição no ranking.
Enquanto na América Latina o Chile lidera com folga, os primeiros lugares no índice geral são ocupados por Finlândia, Noruega, Suíça, Canadá e Japão. Na última edição do estudo, publicada em 2013, e que utilizava outra metodologia, o Brasil estava em 57ª posição.
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