CAGED-JANEIRO.jpg?profile=RESIZE_710xO Caged mede a criação de empregos formais na economia brasileira

Brasil cria 260,4 mil empregos com carteira assinada em janeiro

Melhor janeiro desde 1992

Dados do Caged

Divulgados nesta 3ª

by HAMILTON FERRARI - PODER360

O Brasil registrou saldo de 260.353 pessoas contratadas com carteira assinada em janeiro. Foram 1.527.083 de admissões contra 1.266.730 demissões no mês. Essa foi a maior criação de empregos formais para o mês desde o início da série histórica, iniciada em 1992.

Os números são do Caged (Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados). Foram divulgados nesta 3ª feira (16.mar.2021), pelo Ministério da Economia. Eis a íntegra da apresentação (1 MB ) e do sumário executivo (787 KB).

A maioria das projeções do mercado financeiro indicava que haveria a criação de mais de 100 mil vagas. A mediana das estimativas obtidas pelo Poder360 mostrava que a criação de vagas seria de 188,6 mil.

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O estoque de empregos formais no país chegou a 39.623.321, alta de 0,66% em comparação com dezembro de 2020.

A indústria foi o setor da economia que criou mais postos de trabalho com carteira assinada: 90,4 mil. Em seguida, serviços (83,7 mil), construção civil (43,5 mil), agricultura (33 mil) e comércio (9,4 mil).

O dado de janeiro reforça o discurso do ministro Paulo Guedes (Economia) de que o país está recuperando, mesmo com a pandemia de covid-19. Apesar disso, os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que a taxa de desemprego de 2020 chegou a 13,9%, o pior fechamento de ano desde 2012. Há 32 milhões de subutilizados, que conta desempregados, subocupados (que trabalham menos de 40 horas semanais e gostariam de trabalhar mais) e uma parcela de pessoas que está disponível para trabalhar, mas não consegue procurar emprego por motivos diversos.

O Sudeste foi a região que mais contratou em janeiro. Foram 105.747 vagas a mais. Só São Paulo contribuiu com 75.203 vagas. Houve fechamento de vagas no Rio de Janeiro (-44), Paraíba (-174) e Alagoas (-198). Clique aqui para ver o saldo de vagas por unidade da Federação.

Considerando os modelos de contratação criados na reforma trabalhista, de 2017, o Brasil registrou em janeiro a criação de 3.083 empregos intermites e o fechamento de 610 trabalhos parciais.

SALÁRIO MÉDIO SUBIU

O valor médio da remuneração do emprego formal subiu de R$ 1.740 em dezembro de 2020 para R$ 1.760 em janeiro deste ano. A alta é de 1,15%.

Passe o cursor no gráfico abaixo para visualizar os valores: 

EMPREGOS EM 2020

Mesmo com a pandemia, o Brasil registrou a contratação de 142,7 mil pessoas com carteira assinada em 2020. Foram 15,16 milhões de contratações contra 15,02 milhões de demissões no período. Esse foi o 3º ano seguido com saldo positivo na abertura de vagas formais. Mas é o pior resultado para um ano desde 2017, quando foram fechados 20.832 postos de trabalho.

Eis a íntegra da apresentação (1 MB) e do sumário executivo (2 MB) referentes a dezembro.

A abertura de vagas formais no ano passado foi puxada principalmente por empregos que pagam de 1 a 2 salários mínimos (de R$ 1.045 a R$ 2.090, em valores de 2020). O saldo de admissões e demissões nessa faixa salarial foi de 523 mil, a única a ter criação de vagas. Em todas as demais faixas, houve fechamento de postos.

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Metade das vagas abertas no ano passado (73.164) está na modalidade intermitente, criada no governo de Michel Temer (MDB), que não define jornada nem salário fixos.

Durante a crise econômica do governo Dilma Rousseff (PT), o setor formal sofreu com muitas demissões. Em 2015, foram fechadas 1,5 milhão de vagas com carteira assinada. Em 2016, foram mais 1,3 milhão.

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Joni Mengaldo

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