Por Eliane Gonçalves, da Rádio Nacional - São Paulo
O Instituto Butantan entregou nessa sexta-feira as obras da nova fábrica de vacinas da instituição.
O Centro Multipropósito para Produção de Vacinas vai ocupar 2 prédios em uma área de 11 mil metros quadrados e tem capacidade para fabricar 100 milhões de doses de vacinas por ano.
É esse centro que vai fabricar a versão 100% nacional da Coronavac, contra covid 19. Outros três imunizantes também podem ser produzidos na mesma planta, as vacinas contra raiva, zika e hepatite A.
A fábrica começou a ser construída em novembro de 2020. A previsão era de que seria entregue em setembro de 2021. Foi entregue com quase seis meses de atraso. Mas para começar a produzir vacinas mesmo vai ser preciso esperar a certificação pela Anvisa, como explicou o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.
Ele prevê que só no começo do ano que vem seja possível entregar vacinas prontas para serem usadas.
O governador de São Paulo, João Dória, esteve presente na inauguração das obras e foi alvo de protestos de pesquisadores científicos que ficaram em frente ao Butantan, com cartazes pedindo a valorização da carreira.
Como outros servidores do estado, eles estão sem reajuste desde 2011, e quando o aumento chegou, os cientistas não foram tratados como outras categorias. Quem explicou foi Patrícia Bianca, pesquisadora do laboratório de Imunopatologia do Instituto Butantan e presidente da Associação de Pesquisadores.
Nós entramos em contato com o Instituto Butantan e o governo de São Paulo para falar sobre o protesto e estamos aguardando uma resposta.
Edição: Roberto Piza (Rádio Nacional) e Luiz Claudio (web)
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