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Marta Díez, presidente da Pfizer no Brasil
(foto: Divulgação)

 

Marta Díez comentou ainda sobre a polêmica dos antivacina, além da importância de garantir a vacinação em países de baixa e média renda

 

by Cecília Sóter - Correio Braziliense

 

A presidente da Pfizer no Brasil, Marta Díez, em entrevista ao jornal O Globo, falou sobre o novo momento da pandemia no país e acredita que ‘será cada vez mais leve’. Ela falou ainda sobre como o movimento antivacina influencia no processo de estabilização da doença.

Quando questionada a respeito da duração da pandemia, a executiva se mostrou otimista. “Em março de 2020, todo mundo dizia que a pandemia ia durar dois meses, que seria muito curta. É difícil dar uma data. Acho que não será uma data, será uma fase. A pandemia vai ser cada vez mais leve, a doença vai estar lá e vamos aprender a viver com ela."
 
Díez ressalta, no entanto, o papel fundamental da vacina para a mudança de cenário. “Há um ano, em fevereiro e março do ano passado, foi um momento muito difícil da pandemia, quando não tínhamos vacina. A grande diferença é a vacinação sem dúvida alguma. A vacinação contra doenças infecciosas é uma ferramenta importantíssima de saúde pública, em particular, no caso da pandemia de COVID-19."
 
Ela aproveitou para elogiar a aderência do brasileiro à vacinação. “Esse declínio (de casos graves e mortes) é resultado de uma vacinação muito bem sucedida aqui no Brasil. Vemos em diferentes países: os casos de populações vacinadas versus populações não vacinadas são muito diferentes. Acho que temos uma situação diferente, muito mais positiva, mesmo agora com a chegada da variante ômicron."
 
Para Marta, é de extrema importância a garantia de acesso às vacinas para países de baixa e média renda para haver uma mudança global na pandemia. “Todos os países têm que poder acessar vacinas para podermos sair da pandemia de forma global. Mas, infelizmente, alguns países têm dificuldades logísticas importantes. Isso complica um pouco a saída dessa pandemia por todos os países na mesma velocidade”, ponderou.
Sobre o movimento antivacina, Díez mostra-se preocupada. “Impacta e preocupa, não só como empresa, mas como sociedade. As pessoas que trabalham na saúde pública e na infectologia claramente estão preocupadas com esse fenômeno, que é mundial, não é brasileiro”, explica.
 
Marta Díez falou ainda sobre um medicamento de combate à doença, mas ressaltando que a vacina ainda é a ferramenta mais importante no combate a uma pandemia. “Estamos também desenvolvendo e prontos a fazer a submissão de um antiviral. A segunda forma de lutar contra a pandemia. O estudo mostra que para pacientes de alto risco o medicamento tem 90% de eficácia, para quem já tem sintomas de COVID evitar a forma grave da doença e o óbito”, disse confiante.
 
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Joni Mengaldo

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