Marca digital de dermocosméticos começa a investir em quiosques em shoppings centers para fortalecer a relação com os consumidores e atrair novos públicos.
Com o objetivo de popularizar os dermocosméticos no Brasil, a Creamy Skincare chegou ao mercado no final de 2019, tendo o ambiente digital como único canal de vendas e relacionamento com seu público. Dois anos depois, a beauty tech começou a ensaiar sua entrada no comercio offline, com a inserção de seus produtos no canal farma, por meio da rede da Drogaria Iguatemi e Discover, e a abertura de um quiosque em um shopping center de Curitiba (PR), onde está a matriz da empresa.
O que era para ser uma pop-up na virada de 2021 para 2022 se transformou no primeiro ponto físico da Creamy. “Queríamos sentir como seria o contato com os consumidores, quebrando a ‘barreira virtual’ de uma marca que nasceu no digital. O resultado foi muito positivo e aprendemos bastante”, afirma o CEO Gabriel Beleze.
Depois desse, vieram mais quatro quiosques, inaugurados durante o primeiro semestre deste ano. Os dois primeiros foram instalados em São Paulo (SP), cidade que representa mais de 40% das vendas do site da empresa. Na sequência, veio mais um ponto em Curitiba e outro em Belo Horizonte (MG). “A decisão das praças está diretamente ligada à curva ABC de regiões que melhor performam no e-commerce”, explica o executivo.
Foram investidos R$ 300 mil na abertura dos quatro pontos, todos dentro de shoppings centers. De acordo com a Creamy, além de fortalecer a relação com os que já são clientes, a estratégia visa atrair novos públicos para conhecerem a qualidade de suas fórmulas concisas e de preços acessíveis.
Para o segundo semestre, são previstos novos quisoques em Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e no interior de São Paulo, mas Beleze garante que não há um número certo de pontos que podem ser abertos. “Cada vez mais, o mercado exige que sejamos omnichannel. Queremos trazer a opção de canal físico para o maior número possível de pessoas no Brasil”.
Ele fala que, com o controle da pandemia de Covid-19, o comércio offline demonstrou grande importância dentro do segmento de skincare. “Alguns consumidores gostam de manusear as embalagens e sentir na pele as texturas dos produtos. Neste ambiente há a possibilidade de levar o produto imediatamente para casa, sem pagamento de frete. Além disso, existem limitações de alcance no ambiente online que não conseguimos controlar. Por isso acreditamos que iremos aumentar o awareness da marca com a presença de nossos quiosques em shoppings centers”.
Sobre o modelo escolhido para estrear no comércio físico, o executivo explica. “Queremos mobilidade e fácil acesso. A experiência de compra tem que ser ágil e, ao mesmo tempo, prazerosa. Acreditamos que o quiosque entrega tudo isso”. Outras vantagens do formato são o menor investimento financeiro e a boa visibilidade que proporciona para os produtos. Os quiosques funcionam como uma grande vitrine inserida nos corredores dos shoppings, o que pode atrair consumidores “de passagem”.
Beleze fala sobre a expectativa futura sobre cada canal de venda onde a Creamy Skincare está agora presente. “Acreditamos que o online continuará sendo mais representativo pela alta capilaridade que a internet permite. Os pontos físicos têm um viés mais institucional e é pensado para proporcionar esse conforto que o perfil de consumidor analógico exige. Já o canal farma ainda é considerado um projeto piloto para nós, por estarmos presentes apenas em uma rede de alcance mais regional”.
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