Campanha alerta para os principais fatores de risco da trombose

Jornal Nacional – TV Globo

12/10/19 - No domingo (13), médicos do Brasil vão se mobilizar para fazer um alerta sobre uma doença grave, com sinais que muitas vezes não são percebidos pela população.

Primeiro, foi o exercício mal feito na academia. “Tive uma distensão na panturrilha porque fiz exercício errado”, diz a médica fisiatra Luciana Dotta. Depois veio a longa viagem de avião. “Eu dormi muitas horas no voo na mesma posição, porque estava cansada demais”, lembra ela.

A dor na perna foi diagnosticada como trombose e evoluiu para uma grave falta de ar: “Aí nisso diagnosticaram um tromboembolismo pulmonar nos meus dois pulmões. E aí, fui direto para UTI.

A trombose normalmente começa com um coágulo que se forma na perna e sobe pela corrente sanguínea. Ela pode interromper a circulação, causando amputações, ou matar caso chegue aos pulmões ou se forme em artérias e veias do coração e vá para o cérebro.

A grande dificuldade na prevenção das tromboses é que muita gente subestima, ou seja, não dá muita importância aos fatores de risco e aos sintomas. Isso faz das tromboses a terceira causa de morte no mundo.

Por isso, os médicos estão em campanha chamando atenção para os principais fatores de risco, que são: predisposição genética agravada pelo uso de hormônios, como o da reposição e dos anticoncepcionais; a tendência para a doença piora com o cigarro, sedentarismo e falta de movimento depois de cirurgias ou em viagens longas.

“O sangue precisa fluir para a gente evitar que o coágulo se forme. Se o sangue fica estagnado, o fluxo fica lento, a pessoa fica acamada depois de cirurgia, uma viagem, facilita que esse sangue coagule dentro do vaso. Isso é trombose", destaca Dayse Lourenço, da Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia.

A trombose nem sempre vem acompanhada de sintomas, mas dores repentinas com calor e inchaço no local podem ser os primeiros sinais do problema e devem ser examinadas.

A Camilly achou que a dor na panturrilha e depois no tórax eram por causa da natação. Acabou na UTI por causa da trombose. Teve que mudar o anticoncepcional e aprendeu a ficar mais atenta ao descobrir que tem tendência para o problema. “Só tenho medo hoje de que aconteça de novo porque é muito sério. Tem que dar mais atenção para isso porque não é brincadeira, não”, diz Camilly Gueff Cabral, paratleta da natação.

Assista à reportagem no site da TV Globo: https://globoplay.globo.com/v/7998826/

 

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