Até outubro o Brasil deverá ter uma resolução sobre as propostas de cultivo e produção de medicamentos à base da Cannabis Sativa, planta da qual se origina a maconha, classificada como droga ilegal, mas também do canabidiol, composto base de uma série de medicamentos que atuam como analgésico, antiespasmódico, calmante e sedativo entre outras propriedades.
O mercado da cannabis como remédio apresenta grande potencial de crescimento. Estudos indicam que até 2028 a América Latina vai movimentar cerca de US$ 12 bilhões.
Para discutir o assunto, o LIDE Futuro realizou nesta terça-feira (13), em São Paulo, o encontro “Cannabusiness, um mercado bilionário”. Entre os participantes, Alessandra Bastos Soares, diretora da Anvisa- Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Viviane Sedola, fundadora e CEO da plataforma Dr. Cannabis, e José Bacellar, sócio-fundador da VerdeMed.
Segundo Alessandra Bastos Soares, as normas a serem aprovadas vão proporcionar no Brasil o tratamento de doenças como esclerose múltipla, autismo e dores crônicas, entre dezenas de outras.
“A regulamentação do cultivo controlado e do registro de medicamentos por meio da Anvisa é a mais próxima possibilidade que temos hoje de ampliar o acesso ao tratamento à base de cannabis para os pacientes”, disse Viviane Sedola.
O Lide Futuro é uma plataforma de conteúdo, experiência e networking para jovens lideranças. O encontro foi promovido para filiados e empresas do setor e contou com a participação também d de Marcelo Galvão, fundador e CEO da OnixCann|Cantera, canal de distribuição de cannabis medicinal em toda a América Latina, Caio Santos Abreu, fundador e CEO da Entourage Phytolab, primeira companhia brasileira de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos à base de cannabis e Dr. Junior Gibelli, Diretor de Assuntos Médicos da HempMeds Brasil. No evento discutiu-se também o potencial desse mercado, que conforme a consultoria Brightfield Group, o segmento de derivados da Cannabis Sativa movimentará US$ 23 bilhões até 2022 apenas nos Estados Unidos.
No Brasil, o uso da maconha medicinal já é uma realidade desde que a Anvisa autorizou o uso terapêutico de canabidiol, em janeiro de 2015. Desde então, mais de 78 mil unidades de produtos foram importados pelo país.
De acordo com levantamento da New Frontier Data, o mercado pode movimentar cerca de R$ 4,4 bilhões, o equivalente a 6,3% do total do faturamento da indústria farmacêutica brasileira.
Parte dessa verba deve ser revertida em propaganda de laboratórios que entrarem no segmento, e que promete uma briga acirrada pelos potenciais consumidores.
Mais uma oportunidade para a criatividade dos profissionais de marketing que terão a missão de transformar a maconha em um produto essencial para determinados pacientes.
Fonte: Blog do Adonis
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