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Imagem de Elsa Olofsson por Pixabay

 

Pela primeira vez, o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) do canabidiol (CBD) será produzido no Brasil. O processo será liderado pela FarmaUSA Life Science, através do laboratório da empresa em São Paulo. Até então, era preciso importar o a matéria-prima para fabricar produtos comerciais à base de cannabis com CBD no país, como os óleos. Informou o Canaltech.

Antes de seguirmos, vale explicar que o CBD é dos mais famosos compostos da cannabis e, diferente do tetrahidrocanabinol (THC), ele não é associado aos efeitos psicoativos. De modo geral, o IFA é usado como base de compostos que auxiliam no tratamento de pacientes com autismo, epilepsia, Parkinson e Alzheimer, por exemplo.

Considerando a crescente popularização de medicamentos derivados da cannabis e da possível distribuição de compostos dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), como já começa a ser implementado no estado de São Paulo, é fundamental que mais iniciativas, como a da FarmaUSA, nacionalizem a produção do IFA. Isso também deve refletir na redução dos preços dos produtos para a população.

 

Como será produzida a matéria-prima do CBD no Brasil?

Desde de 2021, a FarmaUSA atua presencialmente na cidade de São Paulo. Após investimento de cerca de 30 milhões de reais, a empresa montou o seu próprio laboratório, onde o IFA começará a ser produzido. As instalações já foram auditadas pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e estão devidamente liberadas para a fabricação do componente.

Aqui, cabem duas curiosidades. Diferente do que se poderia pensar, o IFA do CBD não é um óleo como o produto final. Na verdade, é branco e granulado, lembrando a imagem do sal grosso. Outro ponto é que, por ano, as instalações da empresa, consideradas pioneiras no Brasil e na América Latina, poderão produzir até 800 kg de CDB por mês. Pensando no consumidor final, a capacidade equivale à produção de 170 mil frascos de 30 ml por mês.

Pelo menos no segundo semestre deste ano, a produção não deve atingir a capacidade máxima. A expectativa é que a fábrica opere com 20% da sua capacidade, o que será ampliado de forma gradual e respeitando a demanda.

“O mercado mundial [para a cannabis] tem apresentado uma evolução muito grande e constante”, afirma Leandro Beltrão, CEO da FarmaUSA, em nota. No caso do Brasil, a tendência também é positiva. “O mercado brasileiro já faz a prospecção de 5 milhões de pacientes que devem consumir produtos à base de cannabis", acrescenta sobre o potencial da iniciativa pioneira.

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