USP-868x644.jpg?profile=RESIZE_710xCentro de pesquisas será instalado na Cidade Universitária, em São Paulo

Centro de inteligência artificial na USP receberá aporte de até US$ 20 mi será o mais avançado do Brasil.  Atividades começam em 2020. Parceria com IBM e a Fapesp.

SAMARA SCHWINGEL

Poder 360

A USP (Universidade de São Paulo) foi a instituição selecionada para receber o Centro de Pesquisa em Engenharia em Inteligência Artificial do Brasil. O projeto fará parte do Centro de Inovação InovaUSP, localizado na Cidade Universitária, em São Paulo. As atividades estão previstas para terem início no começo de 2020.

O professor Fabio Gagliardi, titular da Escola Politécnica da USP, afirma que o objetivo principal do projeto é divulgar a tecnologia e melhorar o nível de debate na sociedade. Além disso, os idealizadores pretendem criar contato entre pesquisadores da área. “Um conjunto de mais de 100 profissionais de instituições diferentes poderão utilizar o centro“, explica.

Segundo o professor, ao longo de 2020 serão criadas vagas para bolsas de doutorado, pós-doutorado e mestrado. Os alunos regulares da USP também poderão utilizar o centro, independentemente do curso em que estão matriculados. “Claro que os alunos serão os primeiros beneficiados, mas é sempre bom lembrar que, de início, as vagas serão extremamente limitadas“, pondera Gagliardi.

A IBM e Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) implementarão anualmente –por até 10 anos– US$ 500 mil no programa. A universidade vai investir cerca de US$ 1 milhão por ano em instalações físicas, laboratórios, professores, técnicos, administradores para gerir o centro, entre outros. O investimento total no projeto, ao fim do período de financiamento, deve girar em torno de US$ 20 milhões.

Em relação aos custos, Fábio afirma que todos os valores já estão previstos no orçamento da instituição. “Forneceremos o espaço, localizado em 1 prédio da InovaUSP, materiais e salário de funcionários“.

O diretor do Laboratório de Pesquisa da IBM Brasil, Ulisses Melo, explica que a iniciativa não tem como ideia principal surgir como uma espécie de compensação ao atual cenário de baixo orçamento do poder público para pesquisas. “Considero importante a articulação entre empresa privada e governo, porque normalmente a contribuição do governo é voltada para a pesquisa básica, enquanto a dos setores privados é direcionada para pesquisa aplicada. Então, no caso do centro, 1 complementa o outro“, avalia.

À Agência Fapesp, Gagliardi acrescentou: “Pretendemos que as atividades do centro contribuam para colocar o país na fronteira desta área do conhecimento, capacitando profissionais e empreendedores, além de fomentar o debate na sociedade sobre como usar essa tecnologia da forma mais positiva possível“.

Em relação ao investimento da IBM, Melo afirma que o valor foi definido com a intenção de construir o projeto que seja compatível com os outros centros que integram a IBM IA Horizons Network –rede criada para promover integração entre as principais universidades do mundo, estudantes e pesquisadores da IBM. “O investimento também está dentro do que é realizado para os centros de engenharia da Fapesp.”

A definição do cronograma de construção do espaço e outros detalhes do projeto serão definidos em acordo que deverá ser assinado até o final de 2019.

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