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Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

 

  • No Brasil, estima-se que 14 milhões de pessoas convivem com a DPOC, mas apenas 34% dos casos são diagnosticados
  • A nova combinação de três moléculas em um único dispositivo proporciona deposição uniforme de suas moléculas nos brônquios e alvéolos, com início de ação em até cinco minutos
  • Reduzir as crises da doença pode evitar piora da função pulmonar dos pacientes, além de diminuir risco de morte

 

São Paulo, março de 2025 – Chega ao Brasil nova terapia tripla inalatória para o tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) com potencial de reduzir 52% dos episódios de exacerbação moderada ou grave em comparação a tratamentos com dupla terapia broncodilatadora[1]. A terapia da biofarmacêutica AstraZeneca combina fumarato de formoterol (LABA - beta-2-agonista de longa ação), brometo de glicopirrônio (LAMA - antagonista muscarínico de longa ação) e budesonida (glicocorticosteróide com efeito anti-inflamatório) em um único dispositivo inalatório, que proporciona deposição uniforme de suas moléculas nos brônquios e alvéolos4,5 e início de ação em até cinco minutos[2].

Progressiva e debilitante, a DPOC é considerada a terceira principal causa de morte no mundo[3]. No Brasil, estima-se que 14 milhões de pessoas convivam com a doença[4],[5], mas apenas 34% têm o diagnóstico[6]. A condição causa obstrução persistente nas vias aéreas, com tosse, aumento da produção de muco (ou escarro) e crises de falta de ar3. Pacientes também podem apresentar eventos respiratórios agudos, caracterizados pelo aumento e piora dos sintomas, reconhecido como exacerbação ou crise da doença3.

“Melhorar a qualidade de vida e reduzir as exacerbações são os principais objetivos do tratamento da DPOC. Isso porque, uma única exacerbação, tem um impacto negativo, com piora da função pulmonar e da qualidade de vida, aumento de novas exacerbações e de morte. A chegada de uma nova tripla terapia inalatória que reduz significativamente as exacerbações, contribui consideravelmente para o melhor controle da doença e da redução da mortalidade”, comenta José Eduardo Cançado, professor de Pneumologia na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

A nova tripla terapia tem potencial de reduzir em 20% a taxa de internações hospitalares por DPOC e em 49% a taxa de mortalidade por todas as causas, em comparação com tratamento via dupla broncodilatação inalatória[7],[8]. O tempo até a primeira exacerbação moderada ou grave também foi significativamente prolongado, em comparação com o uso dessa dupla terapia4,5.

A combinação aprovada utiliza um inalador pressurizado dosimetrado (PMDI), o qual favorece a deposição uniforme das partículas finas na parede das vias aéreas, resultando em uma alta deposição nas vias aéreas centrais e periféricas associado a baixa deposição na orofaringe5,6“Por meio de duas inalações, realizadas duas vezes ao dia, a terapia tem um início de ação rápido e melhora significativa da função pulmonar1,2”, reforça Cançado.

A aprovação regulatória foi baseada nos achados do estudo KRONOS1 e ETHOS5, conduzidos para avaliar a eficácia e segurança da terapia tripla inalatória em relação a parâmetros de função pulmonar e taxa de exacerbações moderadas ou graves, respectivamente. Em ambos os ensaios, a segurança e tolerabilidade da tripla terapia foram consistentes com os perfis dos comparadores com duplas terapias1,5.

“Como referência nos cuidados de doenças respiratórias, estamos empenhados em desenvolver soluções que reduzam as exacerbações, as hospitalizações, a perda de qualidade de vida dos pacientes e até mesmo as taxas de mortalidade por DPOC, colaborando na busca de um melhor cuidado destas doenças que são tão impactantes para pacientes, seus familiares e para o ecossistema da saúde. Estamos confiantes de que a chegada da nova tripla terapia no Brasil contribuirá na redução deste impacto causado pela DPOC”, comenta Dra. Karina Fontão, diretora médica executiva da AstraZeneca Brasil.

Estudo KRONOS1

Estudo clínico randomizado, duplo-cego, multicêntrico, de grupos paralelos, com o objetivo de avaliar a eficácia e segurança da nova tripla terapia, que combina fumarato de formoterol, brometo de glicopirrônio e budesonida, em comparação com as terapias duplas (brometo de glicopirrônio e fumarato de formoterol e budesonida e fumarato de formoterol).

Com duração de 24 semanas, o estudo incluiu pacientes com DPOC moderada a muito grave, independentemente de terem ou não episódios de exacerbação da doença no ano anterior, que receberam inalações duas vezes ao dia de tripla terapia ou de dupla terapia. O desfecho primário do estudo avaliou parâmetros de função pulmonar.

Estudo ETHOS5

Ensaio clínico randomizado, duplo-cego, multicêntrico, de grupos paralelos, com o objetivo de avaliar a eficácia e segurança da nova tripla terapia, que combina fumarato de formoterol, brometo de glicopirrônio e budesonida, em comparação com as terapias duplas (brometo de glicopirrônio e fumarato de formoterol e budesonida e fumarato de formoterol).

Com duração de 52 semanas, o estudo incluiu mais de 8.500 pacientes que tiveram um ou mais episódios de exacerbação moderada ou grave no ano anterior e que estavam realizando, ao menos, dois tratamentos de manutenção no início do estudo. O desfecho primário avaliou a taxa de exacerbações moderadas ou graves.

 

Sobre a AstraZeneca  
A AstraZeneca é uma empresa biofarmacêutica global, orientada pela ciência, que está focada na descoberta, desenvolvimento e comercialização de medicamentos de prescrição médica em Oncologia, Doenças Raras e Biofarmacêuticos, incluindo Medicina Cardiovascular, Renal e Metabólica, Respiratória e Imunologia. Com sede em Cambridge, Reino Unido, a AstraZeneca opera em mais de 100 países e seus medicamentos inovadores são usados por milhões de pacientes em todo o mundo.  

 

 

Referências


[1] Ferguson GT et al. Article and supplementary appendix. Lancet Respir Med. 2018; 6:747-758.

2 BULA BREZTRI AEROSPHERE. Disponível em: https://www.azmed.com.br/content/dam/multibrand/br/pt/azmed-2022/home/bulas-profissionais/bulas/breztri_bula_profissional.pdf. Acesso em 22 de agosto de 2024. 

3 Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. 2024 GOLD REPORT. Disponível em: https://goldcopd.org/2024-gold-report/. Acesso em 19 de junho de 2024.

4 Menezes AM, Jardim JR, Pérez-Padilla R, et al. Prevalence of chronic obstructive pulmonary disease and associated factors: the PLATINO Study in Sao Paulo, Brazil. Cad Saude Publica. 2005;21(5):1565-73

5 Queiroz M et al Int J Chron Obstruct Pulmon Dis . 2014 Dec 17;10:1-6.

6 Rabahi et al J. bras. pneumol. 38 (6) • Dec 2012
7 A phase III study of triple therapy with budesonide/glycopyrrolate/formoterol fumarate metered dose inhaler 320/18/9.6 μg and 160/18/9.6 μg using co-suspension delivery technology in moderate-to-very severe COPD: The ETHOS study protocol. Rabe KF et al. Respir Med. 2019; 158:59-66.

8 Triple Inhaled Therapy at Two Glucocorticoid Doses in Moderate-to-Very-Severe COPD. Rabe KF et al. Article and supplementary appendix. N Engl J Med. 2020; 383:35-48.

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