China começa a usar o remédio paxlovid da Pfizer contra a covid-19 (Imagem: Reprodução/Twenty20photos/Envato Elements)
Por Fidel Forato | Editado por Luciana Zaramela | Canaltech
Autoridades de saúde da China começam a receitar remédio da farmacêutica norte-americana Pfizer, o Paxlovid, no tratamento contra a covid-19. Atualmente, o país enfrenta o maior surto da pandemia desde que o coronavírus SRS-CoV-2 foi descoberto na cidade de Wuhan, há mais de dois anos. Segundo a plataforma Our World In Data, são registrados, em média, 2 mil novos casos da doença por dia.
O regulador de produtos médicos da China aprovou o uso emergencial do Paxlovid no mês passado. Na última semana, o governo anunciou que deve incluir a medicação no protocolo de antedimento de pessoas com a covid-19 no país.
Além da China, o remédio já foi aprovado pela agência Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e pelas autoridades de saúde do Canadá.
Como funciona o Paxlovid da Pfizer?
Vale explicar que o antiviral é recomendado para casos leves e moderados da covid-19. O uso é oral, ou seja, a medicação da Pfizer pode ser usada em casa e, segundo os estudos da farmacêutica, reduz o risco de hospitalização ou morte. A medicação deve ser administrada ainda nos primeiros dias do aparecimento dos sintomas.
O medicamento combina nirmatrelvir — que bloqueia a replicação do vírus — e ritonavir — cuja função é aumentar a duração do efeito. A fórmula foi "projetada para bloquear a atividade da protease 3CL do SARS-CoV-2, uma enzima de que o coronavírus precisa para replicar", segundo a empresa.
Mudanças no tratamento da covid na China
Além do remédio da Pfizer, a China adota novas medidas para conter a onda da covid-19. Por exemplo, pessoas com sintomas leves da doença não precisarão ser internadas, mas devem permanecer em isolamento. O tempo de quarentena para pacientes que receberam alta do hospital ou das instalações de isolamento foi encurtado. Também está aprovado o uso de autotestes de antígeno para a população em geral.
Por causa do aumento de casos, as autoridades chinesas adotaram novamente o lockdown em algumas regiões do país, mas algumas atividades são, gradualmente, liberadas, como as do polo tecnológico de Shenzhen.
Fonte: NYT
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