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São Paulo. A fabricação dos medicamentos biológicos, como a insulina, obtida em células de organismos vivos, e de seus similares, cópias com efeitos semelhantes no corpo humano, são uma oportunidade para a indústria farmacêutica no Brasil.

Para que essa produção se sustente e enfrente a concorrência estrangeira que aporta por aqui, os principais atores nesse campo, como o governo, indústria pública e empresas privadas, devem estar unidos por políticas perenes, que escapem das mudanças trazidas por eleições, amparem o longo processo de transferência de tecnologia e tragam segurança aos investidores.

Essas foram algumas das conclusões dos participantes de debate no Fórum Medicamentos Biológicos e Biossimilares, ontem, em São Paulo. "Há algum tempo, ninguém diria que o Brasil seria grande nas produções de alimentos ou aviões como é hoje. Vamos ser um player importante na produção mundial de medicamentos também, pois estamos aprendendo e já produzimos em escala comercial", disse Reginaldo Arcuri, presidente do FarmaBrasil, que reúne empresas farmacêuticas nacionais.

"Mas o país precisa se qualificar para não ser engolido pelas empresas estrangeiras", disse.

A farmacovigilância (avaliação e monitoramento do uso e efeitos de medicamentos a partir do momento em que já entraram no mercado) foi destacada no evento como a principal forma de acompanhar os resultados da inserção dos biossimilares.

O gerente de medicamentos e produtos biológicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Varley Dias Sousa, afirmou que a farmacovigilância ainda é pouco desenvolvida no Brasil em comparação com outros países. Segundo ele, a agência hoje está reduzindo prazos para a aprovação de novos medicamentos e precisa aumentar o rigor na avaliação de biossimilares disponíveis no mercado.

O medicamento biossimilar é uma cópia do biológico, que é obtido a partir de células vivas modificadas geneticamente. Biofármacos têm estruturas mais complexas do que remédios químicos e são voltados para o tratamento de doenças importantes como câncer, Alzheimer, diabetes, artrite reumatoide e outras

"Hoje temos sete biossimilares registrados e 14 ainda em avaliação. Esperamos que todos os processos sejam avaliados nos próximos dois ou três meses. Em breve, os medicamentos estarão triplicados em termos numéricos e de volume no mercado".

Fonte Diário do Nordeste

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