Por Estadão Conteúdo
Um grupo de cientistas da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, conseguiu criar tecido muscular a partir de células-troncos encontradas na pele e no sangue humano.
Segundo o estudo publicado nesta terça-feira (9) na revista "Nature Communications", a nova técnica permitirá o cultivo de mais células, além da investigação de doenças raras, como a distrofia muscular de Duchenne.
Coordenados por Nenad Bursac, os pesquisadores usaram células-troncos adultas tiradas de tecidos não musculares, como da pele e do sangue. Após a reprogramação das células para voltarem ao seu estado original, elas são bombardeadas com uma molécula, que vai dar instruções para ocorrer a transformação em tecido muscular.
style="display:block; text-align:center;" data-ad-layout="in-article" data-ad-format="fluid" data-ad-client="ca-pub-6652631670584205" data-ad-slot="1871484486">Depois de duas a três semanas, as células "musculares" se contraem e reagem a estímulos externos, como impulsos elétricos e sinais químicos. No entanto, o músculo criado é mais fraco que o tecido muscular original, mas, de acordo, com os cientistas, eles têm potencial.
O primeiro teste foi realizado em camundongos adultos. As células sobreviveram e se integraram no tecido muscular dos animais. "A hipótese de estudar doenças raras é especialmente estimulante para nós", explicou Bursac.
Em 2015, o mesmo grupo de pesquisa já havia obtido tecido muscular, mas a partir de biópsias musculares e não da pele.
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