Terceira idade pode ser mais saudável, e até mais longa, com o avanço dos estudos (Foto: Shutterstock)
Utilizando drogas “antienvelhecimento”, pessoas com mais de 65 anos apresentaram índice menor de doenças e resposta mais efetiva à gripe
Por Rafael Faustino
Época Negócios
Cientistas norte-americanos obtiveram um avanço importante em prol da saúde humana na terceira idade. Utilizando drogas "antienvelhecimento", eles conseguiram tornar pessoas com mais de 65 anos de idade consideravelmente mais resistentes a doenças.
No teste com o grupo de idosos, que foi realizado no Instituto Novartis de Pesquisas Biomédicas, em Massachussets (Estados Unidos), aqueles que receberam doses do composto durante seis semanas reduziram pela metade a quantidade de infecções sofridas no ano seguinte, em comparação com outro grupo que recebeu placebo.
As drogas são inibidoras de mTOR, uma proteína que se multiplica no corpo humano no processo de envelhecimento. Inibir sua formação fez com que as pessoas tivessem uma resposta mais efetiva contra a gripe, após serem vacinadas. Elas tiveram uma produção de anticorpos antigripais 20% maior que a do grupo de controle, um mês após todos serem vacinados.
O resultado foi considerado um marco nas pesquisas sobre a saúde humana em idades avançadas. Com ele, cresce a tese de que compostos que retardam o envelhecimento do corpo podem ajudar a aumentar a imunidade das pessoas mesmo na terceira idade.
Outros testes com os inibidores de mTOR em camundongos ainda conseguiram estender o tempo de vida do sistema imunológico dos animais, além de revitalizar tecidos de alguns órgãos. Ainda não se sabe, entretanto, se o mesmo efeito pode ser esperado em seres humanos.
O próximo passo será a replicação do teste em pessoas com mais de 85 anos de idade, além de pessoas com doenças como diabetes e histórico de problemas cardíacos, para entender se há um limite de ação para os inibidores.
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