Cientistas planejam combinar medicamentos para combater Alzheimer

Michal Jarmoluk / Pixabay

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Por Nathan Vieira | Editado por Luciana Zaramela | Canaltech

 

Pesquisadores da UC San Francisco planejam combinar medicamentos que atuam diretamente sobre duas proteínas causadoras do Alzheimer: a amiloide e a tau. O futuro estudo deve contar com 900 participantes dos EUA.

O estudo já ganhou o nome de Alzheimer's Tau Platform (ATP), e a ideia dos pesquisadores envolvidos é avaliar os efeitos de duas terapias anti-tau e uma terapia anti-amiloide como o lecanemab (Leqembi), que foi aprovada em janeiro de 2023 após demonstrar uma redução de 27% no comprometimento cognitivo.

Lecanemab e medicamentos relacionados eliminam a amiloide e também demonstraram reduzir a tau. No entanto, o próprio grupo levanta a estimativa de que os medicamentos que visam especificamente a tau podem ser mais eficazes.

O argumento é que os seus níveis e localizações se correlacionam mais estreitamente com os sintomas.

 

Como vai ser o estudo

Os detalhes finais do estudo estão pendentes, mas os pesquisadores esperam participantes com 60 anos ou mais com Alzheimer assintomático ou comprometimento cognitivo leve, confirmado por exames de sangue, tomografias e testes cognitivos.

Os autores anunciaram que os participantes serão divididos em vários grupos aleatórios para receber uma combinação do medicamento antiamiloide com ou sem um ou dois dos medicamentos tau por um período de 24 meses. Ainda não se sabe se um pequeno subgrupo receberá placebo.

Segundo o comunicado, eventualmente, outros medicamentos poderão ser adicionadas ao ensaio, tendo como alvo outras causas de doenças, como disfunção metabólica ou inflamação.

 

Causas do Alzheimer

O Alzheimer é considerado um distúrbio neurológico progressivo que faz com que o cérebro atrofie e, consequentemente, as células cerebrais (neurônios) morram gradualmente. As proteínas anteriormente mencionadas, beta-amiloide e tau, são as protagonistas de diversos estudos que buscam desvendar os mistérios da doença.

Quando as beta-amiloide se agrupam, possuem um efeito tóxico nos neurônios e interrompem a comunicação célula a célula. Em determinado momento, elas formam grandes aglomerados, chamados de placas amiloides.

Já no que diz respeito à proteína Tau, podemos observar que ela atua no transporte de nutrientes e outras substâncias essenciais entre os neurônios, mas no Alzheimer, muda de forma e começa a se organizar em estruturas que perturbam o sistema de transporte. Também são tóxicas para as células do cérebro.

Anteriormente, o Canaltech trouxe à tona tudo o que você precisa saber sobre o Alzheimer. Além das proteínas, há fatores de risco, como periodontite e o estresse crônico.

 

Fonte: News Medical

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