Cimed estuda separar sua divisão de consumo

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A Cimed, uma das maiores farmacêuticas do Brasil, está estudando a separação de sua divisão de consumo do segmento farmacêutico, em um movimento inspirado na estratégia da Procter & Gamble (P&G). O CEO João Adibe Marques revelou que a empresa busca expandir sua atuação no mercado de bens de consumo, mas ainda não definiu uma data para a cisão. Informou o portal Fusôes e Aquisições.

Nos últimos anos, a Cimed tem investido fortemente no setor de beleza e cuidados pessoais, que movimenta R$ 173,4 bilhões no Brasil e deve crescer 54,6% até 2029, segundo o Euromonitor Internacional. Em 2023, a empresa adquiriu os lenços umedecidos da R2M, marcando sua primeira aquisição em uma década. Em 2024, estreou na categoria de cremes dentais e enxaguantes bucais com a marca Carmed, que faturou aproximadamente R$ 400 milhões.

Além desses produtos, a Cimed ampliou seu portfólio com vitaminas, energéticos, bebidas proteicas, repelentes, camisinhas, sex toys, perfumes e body splashes, consolidando sua presença no varejo farmacêutico. Atualmente, 40% da receita da empresa vem desse segmento, totalizando R$ 3,6 bilhões em 2024.

 

Investimento do GIC e Nova Fábrica

A separação da divisão de consumo será viabilizada pelo investimento do Fundo Soberano de Singapura (GIC), que adquiriu participação minoritária na empresa. A Cimed também planeja construir uma nova fábrica no Nordeste, com investimento de R$ 150 milhões, para reduzir custos logísticos e atender melhor os consumidores da região.

A expectativa é que 50% do faturamento da Cimed venha do mercado de consumo nos próximos anos, apesar da menor margem de lucro. A empresa projeta atingir R$ 5 bilhões em faturamento em 2025 e R$ 10 bilhões em 2029.

 

Mudança de Estratégia e Novos Canais

Atualmente, a Cimed opera com uma estrutura verticalizada e centralizada, com foco exclusivo no setor farmacêutico. No entanto, Adibe quer expandir para supermercados e outros canais de varejo, separando os negócios de medicamentos e bens de consumo.

“A partir do momento em que tivermos a ponta separada no canal de vendas, acredito que a tendência é que realmente a gente tenha uma divisão do modelo de negócio: consumo por um lado, medicamento para outro”, afirmou o CEO.

Com essa estratégia, a Cimed busca consolidar sua posição como líder no mercado de consumo, seguindo o modelo da P&G e fortalecendo sua presença no varejo brasileiro.

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