Prestes a completar dois anos de sua chegada ao país, uso da plataforma robótica centrada no cirurgião segue em expansão e registra uma série de relatos positivos de médicos e pacientes que passaram pela cirurgia de substituição do joelho por próteses ortopédicas
Entre as maiores contribuições à área da saúde, o advento da robótica segue revolucionando o universo das cirurgias, especialmente as ortopédicas. A título de exemplo, o robô específico para cirurgias de substituição do joelho por próteses ortopédicas, que acaba de realizar seu milésimo procedimento no Brasil.
Presente em território nacional há quase dois anos, a solução já está disponível em 18 hospitais, de 8 estados e 10 diferentes cidades do país, em localidades como São Paulo (capital e S.J do Rio Preto), Rio de Janeiro (capital), Bahia (Salvador), Pernambuco (Recife), Minas Gerais (Belo Horizonte), Paraná (Curitiba e Londrina), a primeira cidade não capital a receber a tecnologia), Distrito Federal (Brasília) e Rio Grande do Sul (Porto Alegre).
Composto por uma tecnologia que integra braços robóticos a softwares avançados, que realizam o planejamento pré-operatório em 3D e fornecem dados intraoperatórios, em tempo real, sobre tecidos moles e anatomia óssea do paciente, o ROSA® foi projetado para facilitar a precisão do corte ósseo e a análise de amplitude de movimento no ato cirúrgico. Trata-se de uma tecnologia que contribui, principalmente, para que as cirurgias aconteçam de forma personalizada, com a colocação otimizada das próteses ortopédicas, de acordo com a anatomia única de cada paciente.
De acordo com Dr. Mauro Meyer, médico ortopedista especialista em cirurgia do joelho no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS), embora as próteses de joelho tenham ótimos resultados, a maior dificuldade é conseguir o alinhamento exato dos componentes durante a cirurgia, uma barreira que foi superada com o auxílio do robô.
“Antes o médico faz uma série de cálculos, por exemplo, dos movimentos de rotação do quadril, joelho, tornozelo. O robô soma e cruza esses dados com os dos exames de imagens e analisa como estão ligamentos, tendões, musculatura. Com a precisão do sistema robótico, temos tido tempos menores de internação, o paciente faz a movimentação do joelho com mais facilidade e isso causa menos dor no pós-operatório, menos uso de analgesia, maior conforto para que o paciente possa ir para casa mais rápido e maior longevidade dessa prótese”, comenta.
O paciente Armando J. S. P., de 63 anos, que teve sua artroplastia de joelho realizada há dois meses pelo Dr. Mauro Meyer em parceria com o ROSA, comenta que ficou surpreso com a rapidez de todo o processo. “Optei pela cirurgia robótica por saber da precisão do procedimento, considerado um sucesso por amigos próximos que também precisaram realizá-lo. Minha cirurgia foi no joelho esquerdo e durou em torno de uma hora e meia. No mesmo dia já consegui caminhar sozinho e recebi alta. Não tive dores e rapidamente consegui voltar para minha rotina diária. Hoje, dois meses depois, me sinto totalmente reabilitado e passei a praticar exercícios, como a hidroginástica. Fiquei muito satisfeito e estou disposto a realizar o procedimento no outro joelho, caso seja necessário nos próximos anos”, declara.
Benefícios e experiências positivas que também são compartilhadas pelo Dr. Afonso Paulo Almeida Magalhães Neto, médico ortopedista e traumatologista, especialista em cirurgia do joelho e ombro nos Hospitais Orizonti e São Lucas, em Belo Horizonte (MG).
“O grande benefício da robótica é a precisão, previsibilidade, segurança, respeito às partes moles e cirurgias extremamente personalizadas para o melhor resultado ao paciente, tudo isso sem tirar a autonomia do médico. Já realizei duzentas cirurgias com o apoio do Rosa desde maio do ano passado e posso dizer, com segurança, que foi a maior evolução nas artroplastias de joelho dos últimos vinte anos”, pontua.
Wilson J. C., um senhor de 89 anos, que teve sua cirurgia no joelho realizada pelo Dr. Afonso com apoio do robô, conta que sua recuperação foi rápida e surpreendente, restaurando sua capacidade de locomoção, agora sem dores.
“A minha artrose, no começo, não era dolorosa, era mais voltada à diminuição da capacidade de movimento. Mesmo com a idade que estou, sou uma pessoa que dirige todos os dias, me movimento. Procurei o Dr. Afonso e ele pediu alguns exames, radiografias e constatou que já havia algum desgaste. Voltei alguns anos depois, quando comecei a sentir um aumento das dificuldades e ele aconselhou a cirurgia. Me explicou que a cirurgia robótica seria menos traumática, mais moderna, de recuperação mais rápida. Decidi então operar e hoje estou muito bem”, comenta Sr. Wilson e sua esposa, Diana L. C., complementa “ele saiu do hospital praticamente andando, necessitou de cadeira de rodas somente para ir até o carro”.
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