A Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade em parceria com a Associação Sempre Amigos promovem o Projeto Educar para Salvar, para os profissionais de saúde da Cooperativa de Trabalho dos Médicos e Plantonistas de Indaiatuba - COOMEPI. A iniciativa visa capacitar os colaboradores em diabetes, no dia 6 de novembro, às 18h30, no SESI Indaiatuba - Avenida Francisco de Paula Leite, 2701 - Indaiatuba/SP.
A última Pesquisa Vigitel constatou que 12% da população da cidade de São Paulo têm diabetes. A Secretaria de Saúde publicou que em 2023, houve 17.857 atendimentos ambulatoriais e hospitalares a pessoas com diabetes. Esse número tem crescido nos últimos três anos. Em 2021, os atendimentos somavam 43.106, um crescimento de 20,9% em relação aos 35.627 atendimentos realizados em 2020. Em 2022, foram registrados 50.191 atendimentos, o que representa um crescimento de 16,4% em relação ao ano anterior.
Na cidade vizinha de Campinas, 7,8% dos moradores com 10 anos ou mais já foram diagnosticados com diabetes, o representa 77.455 pessoas. Desses, 0,6% são adolescentes, 5,3% adultos e 26,6% idosos, segundo dados do Boletim da Unicamp, publicado em novembro do ano passado.
Com relação à falta de adesão ao tratamento, 21,2% dos indivíduos com a condição apresentam uma complicação relacionada ao diabetes e, 12%, duas complicações ou mais – neste último grupo, a incidência é maior entre aqueles sem plano de saúde (16%), versus os que possuem o serviço (5,9%). Ao ponderar o tipo de complicação apresentada, 27% da amostra relatou problema de vista. O cenário de gastos relacionados com a condição no Brasil chegou a 42,9 bilhões de dólares em 2021*.
Uma complicação importante foi diagnosticada pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular no ano passado. Embora o crescimento de amputações realizadas entre 2012 e 2022 esteja estabilizado no país, em São Paulo houve um aumento expressivo de 4.025 de 2012 para 6.990 em 2022, boa parte devido ao diabetes mal controlado.
De acordo com a Edvaldo Apolinário, Presidente da Associação Sempre Amigos de Indaiatuba, “precisamos trabalhar continuamente com a atualização do conhecimento dos profissionais de saúde, para que possam transmitir as informações corretas e dar o suporte necessário a fim de que as pessoas realizem o autocuidado de forma eficiente. Dessa forma, a população com a condição apresentará menos internações, hospitalizações, complicações e ganhará mais qualidade de vida.
Nesta edição, o projeto conta com o apoio da empresa Roche.
Mais informações podem ser acessadas nas redes sociais: Instagram: vozesdoadvocacy e no Facebook: vozesdoadvocacy.
Referências:
*Federação Internacional de Diabetes: https://diabetesatlas.org/
** Custos atribuíveis à obesidade, hipertensão e diabetes no Sistema Único de Saúde, Brasil, 2018: https://scielosp.org/article/rpsp/2020.v44/e32/#:~:text=Os%20custos%20diretos%20atribu%C3%ADveis%20a,e%20medicamentos%20(tabela%202).
Sobre a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade
Com a participação de 25 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas as doenças, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas doenças
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