Como aumentar as chances de sua mensagem no LinkedIn ser lida
(Inlytics/Unsplash)
As orientações dos especialistas para melhorar a assertividade da sua comunicação com os profissionais das empresas que você admira
O Brasil é um dos países que mais enviam mensagens pelo LinkedIn, ao lado de Reino Unido, Estados Unidos e Índia. É o que afirma Milton Beck, diretor geral da empresa para a América Latina.
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E o volume não para de crescer. A rede registrou aumento de 27% em 2019, em relação ao mesmo período do ano anterior. O InMail, que permite entrar em contato direto com pessoas que não fazem parte da sua rede, é uma ferramenta bastante explorada.
A estimativa global é que mais de 195 mil recrutadores enviem InMails toda semana. Mas esse dado não é sinônimo de assertividade, nem de conseguir fazer uma conexão se transformar rapidamente em uma oportunidade de trabalho.
Alguns cuidados e condutas podem colaborar para que suas mensagens sejam lidas e realmente chamem a atenção dos recrutadores e gestores relacionados às vagas. Veja as dicas dos especialistas:
1. Aposte em textos curtos
Se você não conhece a pessoa, é preciso cumprimentar, se apresentar e então abordar o assunto, mas tudo isso em poucas linhas, afinal, quanto maior o texto, menor a chance de ser lido integralmente.
“A mensagem deve ser pessoal e direta, mas tem que fazer sentido e ser customizada. Se parecer que é algo genérico, mandado da mesma forma para diversas pessoas, a tendência de ser respondida é menor”, afirma Beck.
Ele explica que a maioria dos recrutadores tem versões corporativas do LinkedIn para recrutamento, com visibilidade total da rede, sem necessidade de conexões. Também é preciso atenção à linguagem, que deve ser semelhante a de uma conversa presencial, evitando gírias e abreviações, sobretudo se o setor e a empresa forem mais tradicionais.
“A rede é um facilitador de aproximação de contato, mas o comportamento deve ser como numa conversa presencial. Você não começa falando que quer trabalhar na empresa”, afirma Adriana Gomes, coordenadora nacional da área de carreiras da ESPM.
2. Dê um contexto
Sem deixar a objetividade de lado, contextualizar o motivo do contato pode favorecer o retorno. “Ao se interessar por uma vaga e saber quem é o recrutador, o candidato pode dizer a ele: ‘Não nos conhecemos, vi que você tem uma vaga. Eu me candidatei e estou mandando este InMail porque acredito que você receba uma grande quantidade de aplicações e gostaria de reforçar que acho que me destaco pelos motivos X e Y’”, exemplifica Beck.
Se houver interesse apenas na conexão naquele momento, a apresentação pode ser sucedida pela informação de que viu no perfil dessa pessoa que ela faz trabalhos para determinado projeto ou que gostou de determinados assuntos que também são de seu interesse, sugere Francis Nakada, consultor sênior de carreiras da Produtive. E não esqueça: as informações apresentadas precisam ter relevância.
3. Busque outros perfis além do RH
É preciso ser estratégico para fazer contatos no LinkedIn. A dica de Nakada é identificar pessoas que trabalham na companhia desejada que possam ter interesse no seu perfil, mesmo que não seja do RH, setor que costuma ser bombardeado por mensagens. “Na mensagem, abra um canal de comunicação, em vez de escrever um monólogo, mandando um pacote de informações com tudo pronto”, diz.
É importante destacar os valores que você agregaria para a companhia, além de citar o setor e o gestor da área pretendida. Quando se trata de uma oportunidade de trabalho, também vale abordar o “dono da vaga”.
“O retorno costuma ser mais baixo com o RH do que com o dono da vaga”, afirma Nakada. E se for para solicitar uma recomendação, há outro cuidado essencial: nada de fazer o pedido para quem não conhece ou com quem nunca teve uma experiência profissional conjunta.
4. Respeite a privacidade
Olhar quem está por trás do recrutamento e enxergar um profissional que também tem inúmeros compromissos é uma lição de casa. Entenda que é preciso respeitar o tempo e a privacidade do outro. Se você mandou uma mensagem e não teve retorno, pode ser por excesso de atividades de quem a recebeu.
“Pode insistir mais uma vez, mas sem tom de cobrança. E jamais fique seguindo a pessoa em outras redes sociais com a intenção de ser lembrado”, diz Adriana, da ESPM.
A sugestão de Nakada é verificar no perfil se há um e-mail divulgado: “90% dos headhunters e recrutadores disponibilizam o e-mail corporativo”, afirma. Se houver, pode mandar uma mensagem por esse canal de comunicação. Caso também não obtenha retorno, é hora de mudar o interlocutor ou até mesmo buscar outros contatos e oportunidades.
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