Câncer é uma das principais causas de morte no mundo todo, atualmente (Foto: Reprodução)
Substância criada para tratar angina se transformou em droga contra disfunção erétil e, agora, os pesquisadores estudam como usá-la para tratar câncer
REDAÇÃO GALILEU
Desenvolver um medicamento do zero não é tarefa fácil. As drogas levam anos para serem testadas e validadas até chegarem ao mercado. Pesquisas sobre o câncer, em especial, também são bastante caras, custando, em uma média nos padrões norte-americanos, 750 milhões de dólares. Por isso, os cientistas estão procurando as propriedades necessárias para combater o câncer em substâncias já desenvolvidas — e o Viagra pode carregar uma delas.
Acontece que um dos componentes ativos deste e de outros medicamentos para a disfunção erétil, o PDE5, tem se mostrado eficiente para atrasar ou parar o crescimento de tumores em ratos e em alguns pacientes humanos.
Um novo estudo, publicado na eCancer Medical Science, resume o que se sabe até agora sobre o componente.
Originalmente, o PD35 foi criado para tratar angina, um sintoma de aperto no peito causado pela pouca circulação sanguínea na região. Mais tarde, os pesquisadores descobriram que, além de melhorar a circulação no tórax, o componente também melhorava o bombeamento para outros lugares do corpo… e assim surgiu o Viagra.
Mas, além disso, estudos mostram que o PDE5 pode estar associado a diminuição de diferentes tipos de câncer, como o de mama, colorretal, de pulmão e do pâncreas.
Por enquanto, o PDE5 ainda não foi aprovado como medicamento para o câncer. A maioria das pesquisas que o investigam estão em fases preliminares, longe de chegarem às farmácias. Mas, ao que depender dos cientistas, há esperança de que o componente tenha sucesso nos próximos testes e se torne uma forma de tratamento mais barata para o câncer.
(Com informações de Futurism.)
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