Conexões que salvam

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Época Negócios

Jornalista: Indefinido

14/10/19 - A nigeriana Temie Giwa-Tubosun tinha 29 anos quando deu à luz Eniafe. Foi um parto difícil — uma cesariana sete semanas antes do previsto. Era 2014 — Temie e o marido visitavam os pais dela em Minneapolis, nos Estados Unidos. “Eu tive muita sorte por ter tido acesso a um bom sistema de saúde”, contou ela a Época NEGÓCIOS. Se o parto tivesse ocorrido na Nigéria, o desfecho poderia ter sido trágico. 0 país possui a quarta maior taxa de mortalidade materna do mundo — 37 mil mulheres vão a óbito todos os anos.

A maioria delas é vítima de hemorragia pós-parto, condição que frequentemente requer transfusão. Temie voltou para casa, em Lagos, decidida a mudar essa realidade. Apenas 10% dos nigerianos se dispõem a doar sangue, e o pouco doado frequentemente vai para o lixo, devido à validade vencida. Um médico pode levar dias até encontrar o tipo sanguíneo de que necessita — e isso em situações de risco, em que o tempo pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Em maio de 2016, Temie fundou o LifeBank. Por meio da plataforma do Google Maps, o aplicativo conecta doadores, bancos de sangue e clínicas e hospitais. Até agora o LifeBank já amealhou cerca de 6 mil doadores, despachou quase 16 mil bolsas de sangue e reduziu o tempo médio da entrega para 45 minutos. Ao todo, 5 mil vidas foram salvas. E não só de mulheres no pós-parto, mas de pacientes de câncer, sobreviventes de acidentes de carro... Uma em cada três pessoas que chegam a um hospital nigeriano precisa de transfusão de sangue — e rápido.

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