Medicamento para melhora da dor após cirurgias apresenta resultado promissor, mas requer mais estudos – Foto: Pexels/Reprodução/ND
Segundo pesquisa científica, é comum sentir dores após procedimentos complexos, como as cirurgias; medicamento promete mudar a história do tratamento pós-cirúrgico
ANA SCHOELLER, FLORIANÓPOLIS
Um estudo científico publicado em uma das maiores revistas de medicinas do mundo, a Medpage Today, mostrou uma descoberta revolucionária para a saúde. A descoberta nada mais é que um medicamento que ajuda a combater as dores após cirurgias.
O medicamento é um novo bloqueador de canal de sódio NaV1.8, conhecido como VX-548. A pesquisa revelou que o fármaco reduziu a dor aguda após cirurgias como a abdominoplastia ou bunionectomia na dose mais alta, mas não em doses mais baixas.
“Esses testes representam uma incursão inicial em uma nova e excitante classe de drogas em um campo difícil”, explica o médico e professor Mark Wallace, da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos.
Hoje já são usados medicamentos para tratar as dores agudas, os chamados opióides. No entanto, o médico explica que os opióides usados são vistos com preocupação pela possibilidade de uso indevido e dependência.
Ao todo participaram do projeto 303 pessoas no estudo de abdominoplastia e 274 no estudo de bunionectomia.
Resultado do medicamento
No teste de abdominoplastia, os participantes foram distribuídos aleatoriamente para receber o remédio durante 48 horas. Um grupo recebeu uma dose alta de VX-548 (dose oral de 100 mg seguida por uma dose de manutenção de 50 mg a cada 12 horas). Outro grupo recebeu uma dose intermediária de VX-548 (de 60 mg seguida de uma dose de manutenção de 30 mg a cada 12 horas), já outro recebeu placebo (medicamento inexistente).
A análise principal comparou cada dose de VX-548 com placebo. Os participantes que receberam doses mais baixas de VX-548 tiveram resultados semelhantes aos do placebo. Já os com a quantidade mais alta, receberam mais resposta.
O estudo ainda está em fase inicial mas já representa uma evolução gigantesca para os tratamentos pós-cirúrgicos, segundo os pesquisadores do estudo.
Fonte: nd+
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