Conheça o método que conseguiu reduzir a ansiedade sem remédio

 

 

Estudo americano concluiu que técnica de mindfulness (atenção plena) obteve o mesmo resultado de tratamento com escitalopram, medicamento considerado 'padrão ouro'

 

SAÚDE | Do R7

 

Os transtornos ansiosos, que incluem uma série de subdivisões, como ansiedade generalizada, fobia social e pânico, estão entre as causas que mais levam pacientes aos consultórios psiquiátricos em todo o mundo.

O tratamento varia de acordo com o grau de comprometimento que a doença causa na pessoa, mas pode incluir o uso de medicamentos, além de psicoterapia.

Agora, pesquisadores do centro médico da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, deram mais um passo em direção ao que muitos especialistas já vinham observando nos últimos anos: é possível tratar a ansiedade sem remédios.

Em um artigo publicado nesta terça-feira (9) na revista Jama Psychiatry, da Associação Médica Americana, os pesquisadores mostram o resultado de um estudo que aplicou métodos diferentes no tratamento de pessoas diagnosticadas com transtornos de ansiedade.

Um grupo recebeu um medicamento considerado "padrão ouro", o escitalopram. O outro seguiu um programa de redução do estresse baseado em mindfulness, ou atenção plena.

O grupo recrutado aleatoriamente para as técnicas de mindfulness teve aulas e um retiro no período de oito semanas, além de exercícios práticos diários de 45 minutos em casa.

Sem saber quais pacientes estavam no grupo do remédio ou do mindfulness, os pesquisadores fizeram avaliações de sintomas de ansiedade antes do início do estudo e em 8, 12 e 24 semanas após a inscrição.

Eles utilizaram uma escala que variava de 1 a 7, sendo 7 ansiedade grave.

O grupo que praticou mindfulness teve uma redução média da pontuação de ansiedade de 1,35, enquanto entre os que tomaram o escitalopram ela foi de 1,43 ponto.

“Nosso estudo fornece evidências para que médicos, planos e sistemas de saúde recomendem, incluam e reembolsem a redução do estresse baseada em mindfulness como um tratamento eficaz para transtornos de ansiedade, porque a meditação mindfulness atualmente é reembolsada por muito poucos provedores [de saúde]", comenta a diretora do Programa de Pesquisa em Transtornos de Ansiedade, Elizabeth Hoge, professora de psiquiatria em Georgetown e autora do estudo.

A Mayo Clinic, nos EUA, descreve o mindfulness como "um tipo de meditação em que você se concentra em estar intensamente consciente do que está sentindo ou pensando no momento, sem interpretação nem julgamento".

As técnicas envolvem a atenção plena na respiração e na projeção de imagens mentais guiadas e outras práticas para relaxar o corpo e a mente.

 

Conheça sete alimentos que ajudam a reduzir a ansiedade

A ideia de que somos o que comemos é perfeitamente aplicável à saúde mental. Uma dieta rica e variada tem potencial para influenciar positivamente no estado emocional. Em parte, isso se dá porque 95% da nossa serotonina — um importante neurotransmissor que age na regulação do humor, do sono, do apetite, entre outras funções — é produzida no intestino. A ciência estudou nos últimos anos propriedades de determinados alimentos que ajudam, por exemplo, a reduzir a ansiedade. <b>Conheça alguns deles nas próximas imagens</b><br>

Montagem R7

 

A ideia de que somos o que comemos é perfeitamente aplicável à saúde mental. Uma dieta rica e variada tem potencial para influenciar positivamente no estado emocional. Em parte, isso se dá porque 95% da nossa serotonina — um importante neurotransmissor que age na regulação do humor, do sono, do apetite, entre outras funções — é produzida no intestino. A ciência estudou nos últimos anos propriedades de determinados alimentos que ajudam, por exemplo, a reduzir a ansiedade.

 

 

Conheça alguns deles 

Camomila: o chá é um clássico e muito útil para quem deseja se acalmar. Acredita-se que o flavonoide apinegina, presente nesta flor, tenha propriedades semelhantes às de alguns medicamentos utilizados no controle da ansiedade. Além disso, é um antioxidante, reduzindo o estresse celular.

Peixes gordurosos: o ômega-3 encontrado em peixes como salmão, sardinha e truta fornece ao organismo dois ácidos graxos importantes — EPA (ácido eicosapentaenoico) e DHA (ácido docosa-hexaenoico) — para a regulação dos neurotransmissores. O consumo de peixes gordos três vezes por semana está associado a relatos de redução da ansiedade.

Cúrcuma: também conhecido como açafrão-da-terra, este condimento tem sido apontado como benéfico na redução da ansiedade e no controle do estresse oxidativo. Embora mais estudos ainda sejam necessários, um trabalho conduzido em 2015 mostrou benefícios do consumo deste tempero na redução da ansiedade em indivíduos obesos.

Chá verde: contém um aminoácido chamado teanina, cujos estudos apontaram um efeito importante contra a ansiedade e também na produção dos neurotransmissores serotonina e dopamina. Cientistas concluíram, em 2017, que 200 mg de teanina melhoram o relaxamento e a sensação de calma. Apesar de ter menos cafeína do que uma xícara de café, por exemplo, recomenda-se o consumo moderado de chá verde por indivíduos que sofrem de ansiedade.

Chocolate amargo: o consumo moderado tem sido associado a uma série de efeitos positivos no organismo. Isto se dá devido aos efeitos dos flavonoides do cacau, que estão presentes em maior quantidade nesse tipo de chocolate. Ele possui alto teor de triptofano — aminoácido precursor da serotonina. Todavia, recomenda-se sempre que o teor de cacau seja acima de 70% e que não se consumam mais de 40 g por dia. O chocolate possui cafeína, que, em excesso, pode aumentar os níveis de ansiedade.

Ovo: é outro alimento rico em triptofano, que ajuda na produção da serotonina. Níveis adequados deste neurotransmissor resultam em melhor função cerebral, sensação de bem-estar, estabilidade de humor e do sono, além de menos ansiedade.

Iogurte: o consumo regular de fermentados de leite pode ser benéfico para a saúde mental. O iogurte possui dois tipos de bactérias boas (Lactobaccilus e Bifidobacterium), associadas a efeitos positivos na saúde do cérebro. Estudos recentes relacionam o iogurte a menores níveis de ansiedade social e melhora na percepção de felicidade.

 

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