Notícia preocupante para pacientes do sexo masculino: a infecção com o coronavírus pode estar relacionada à disfunção erétil, não só enquanto fator de risco, mas também como sequela de longo prazo.
Enquanto o mundo aguarda uma vacinação em massa contra a covid-19, especialistas da Itália e dos Estados Unidos alertam contra uma outra possível sequela de longo prazo do coronavírus Sars-Cov-2: a disfunção erétil.
Em entrevista a um canal de TV americano, a médica Dena Grayson revelou haver a apreensão crescente de que, entre os pacientes masculinos, o vírus possa comprometer duradouramente a capacidade de ter ereções. "Sabemos que ele causa problemas vasculares. Então isso é uma preocupação real: não é só que o vírus mate, ele pode mesmo provocar complicações de longo prazo, para toda a vida."
Um estudo realizado na Itália concluiu que a disfunção erétil pode não só ser uma "provável consequência" da doença para os sobreviventes, mas até mesmo um fator de risco para a pneumonia da covid-19, tornando-se um "fenômeno preocupante", especialmente entre os pacientes mais idosos.
"A disfunção erétil é um biomarcador perfeito de saúde geral física e psicológica", observa o autor do estudo, Emmanuele Jannini. O professor de endocrinologia e sexologia clínica na Universidade de Roma Tor Vergata não considera surpreendente a conexão com a covid-19, já que a doença afeta o bem-estar físico e mental.
Ereção é sinal de saúde
Há ainda a suspeita de que pacientes de disfunção erétil que contraem o novo coronavírus possam estar mais propensos a desenvolver pneumonia. Isso se deve ao fato de ambas as afecções frequentemente envolverem as mesmas comorbidades, como disfunção endotelial (constrição do revestimento das artérias capilares), problemas respiratórios e hormonais, inflamações, estresse, ansiedade e depressão.
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