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Uma das unidades do Cristália, instalada em Pouso Alegre (Foto: Divulgação)

 

Processo torna tratamento de resíduos mais seguro e eficiente, com menor custo e sem emissão de CO2

 

by Portal da Cidade - Pouso Alegre

 

Um dos grandes desafios da indústria Farmoquímica, responsável pela produção dos Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) utilizados pelas farmacêuticas, é a eliminação dos resíduos líquidos resultantes dos processos de fabricação. O Cristália, que tem unidade produtiva instalada no Distrito Industrial de Pouso Alegre, um dos principais complexos industriais farmacêuticos brasileiros e líder no mercado hospitalar na América Latina, criou uma solução para a inativação dos resíduos líquidos gerados por suas unidades Farmoquímica e Farmoquímica Oncológica, instaladas no complexo industrial de Itapira (SP). Com esta inovação, o laboratório conquistou sua 128ª patente, que acaba de ser concedida nos Estados Unidos.


A solução, agora patenteada, está sendo utilizada desde 2019. “O processo químico desenvolvido pelo Cristália permite que os resíduos aquosos se degradem pela reação com agentes químicos, dentro de nosso complexo industrial, eliminando a alta toxicidade relacionada à ação mutagênica, teratogênica e genotóxica”, explica Vincenzo De Sio, MSc, PhD gerente da Unidade.

De acordo com o executivo, normalmente os resíduos aquosos produzidos pelas indústrias farmoquímicas são incinerados por empresas terceirizadas, um processo caro e logisticamente complexo, devido ao cuidado com o transporte do material. “Além disso, toda incineração gera emissão de CO2 na atmosfera, o que não ocorre no processo que desenvolvemos”, conta.

Vincenzo destaca que a conquista da patente nos Estados Unidos demostra a qualidade da inovação tecnológica em um país que é o símbolo da inovação. “Não é simples conseguir patentes deste nível nos EUA, onde há criação de muitas tecnologias inovadoras e grande quantidade de empresas que produzem resíduos tóxicos, que investem muito para buscar soluções como a que criamos”, comenta.

É importante ressaltar que este tipo de solução é de difícil aplicação industrial porque, além do estudo de pesquisa química para encontrar o inativante e as condições reacionais apropriadas, é preciso ter uma estrutura adequada para realizar o tratamento em volumes industriais de uma forma rápida e econômica.

A estação de inativação implantada no Complexo de Itapira é única pela capacidade de ser eficiente e multipropósito, podendo ser usada para inativar de forma comprovada qualquer tipo de resíduo ativo e com qualquer volume em tempos curtos.

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