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A fábrica de vacinas deve usar tecnologia de vetor viral e de medicamentos para tratamento de doenças autoimunes, como o câncer, por exemplo

 

Daniela Borsuk | ricmais

 

Curitiba será a primeira cidade do Brasil a receber fábricas de vacinas de tecnologia de vetor viral e de medicamentos para tratamento de doenças autoimunes, como o câncer. A notícia foi anunciada nesta terça-feira (28), em uma cerimônia no Palácio Iguaçu. O investimento total na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no bairro Cidade Industrial de Curitiba, é da ordem de R$ 200 milhões ao longo de dois anos.

As obras estão previstas para começar ainda no segundo semestre deste ano, o que vai impactar, de imediato, segundo a Prefeitura, na geração de emprego e renda. A fábrica da Fiocruz será instalada em sua sede junto ao Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), na Cidade Industrial de Curitiba, local projetado para receber as novas plantas. Fiocruz e Tecpar são parceiros no investimento.

Segundo o prefeito Rafael Greca, é quando os governos se unem para facilitar o acesso da população à inovação que ela acontece, reforçando o compromisso de Curitiba de ser uma cidade cada vez mais inteligente e humana.

Ratinho Junior destacou a parceria estratégica no Parque Tecnológico da Saúde. Para ele, um polo de produção de vacinas em Curitiba torna o estado mais seguro do ponto de vista sanitário. “Não queremos que elas venham, mas, se vierem, estaremos preparados para outras pandemias”, reforçou o governador.

 

Desenvolvimento de vacinas

A intenção é instalar duas plantas da área de biotecnologia no bairro CIC. A primeira unidade é destinada ao desenvolvimento e produção de vacinas e insumos para terapias avançadas a partir de terapia gênica (que utiliza vetores, como moléculas de DNA do agente infeccioso para dentro da célula humana, para criar anticorpos).

A outra unidade será montada até 2023 para desenvolvimento e produção de novos medicamentos para doenças autoimunes a partir de proteínas terapêuticas.

A proposta se alinha a iniciativas da Prefeitura de Curitiba e do ecossistema de inovação do Vale do Pinhão para tornar a cidade mais inteligente. A biotecnologia é um dos setores contemplados pelo Tecnoparque, programa municipal relançado por Greca em 2018 para atrair empresas de base tecnológica à cidade, com incentivo fiscal e integração ao Vale do Pinhão.

Biotecnologia

Além de fabricar e distribuir vacinas de vetor viral – a Fiocruz responde por parte do montante de imunizante da AstraZeneca contra a Covid-19 –, a fundação quer ampliar a produção de insumos com as mais novas técnicas no campo da Imunologia, área que o país ainda é carente, mas avança.

A sede da Fiocruz em Curitiba, por exemplo, tornou-se a maior produtora nacional de testes para Covid-19. Durante a pandemia, foram produzidos dez milhões de testes do tipo RT-PCR e 37,5 milhões de teste de antígeno, em parceria com o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP).

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