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Empresa lançou edital para seleção do primeiro Centro Cetogênico do Brasil a receber apoio de sua unidade de negócio especializada em epilepsia farmacorresistente

São Paulo, 2 de janeiro de 2020 - A Danone Nutricia, divisão de nutrição especializada da Danone, patrocina, pela primeira vez, a construção de uma cozinha especializada em Dieta Cetogênica. O vencedor do concurso foi o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), entre os seis hospitais e ambulatórios de todo Brasil que se inscreveram. Para a participação, foi publicado um edital com os critérios: ter de uma equipe multidisciplinar composta por neuropediatra/neurologista e nutricionista dedicados ao atendimento e orientação à dieta cetogênica, acompanhar, no mínimo, 10 pacientes que seguem a dieta e estar em funcionando há pelo menos três meses, além de dispor de um espaço físico para receber os equipamentos de cozinha.

A iniciativa da empresa tem como o objetivo promover suporte e maior adesão à terapia nutricional da epilepsia farmacorresistente. Aproximadamente 30% dos pacientes com epilepsia não apresentam resposta ao tratamento com dois ou mais medicamentos anticonvulsivantes1. Para esses pacientes com epilepsia farmacorresistente2, a dieta cetogênica3, que consiste em uma alimentação rica em gordura, com quantidade de proteína adequada e pouca ingestão de carboidratos, tem conquistado melhoras significativas em seus quadros clínicos.

De acordo com estudos, cerca de 50 a 60% dos pacientes reduzem pela metade o número de convulsões por dia quando estão seguindo a dieta cetogênica, sendo que 15 a 20% ficam livre de crises, há melhora no nível de alerta, atenção, linguagem e convívio social4. Porém, é importante ressaltar que o tratamento precisa ser seguido de maneira rigorosa para que os resultados sejam alcançados5. "A principal dificuldade dos pais e cuidadores é seguir exatamente o cardápio prescrito. Há pacientes que apresentam melhoras em uma semana, mas, para avaliar se o tratamento é realmente eficaz, são necessários três meses seguindo a dieta", afirma Karina Barros, Medical Affairs Pediatricis da Danone Nutricia.

O crescimento do interesse pela terapia dietética está auxiliando para um avanço da base científica e, consequentemente, contribuindo para a melhoria do tratamento da epilepsia farmacorresistente6. Trata-se de uma alternativa segura e eficaz7, mas é de extrema importância a supervisão de uma equipe multidisciplinar e capaz de identificar as individualidades nutricionais em cada caso7,8.

Proporcionando um ambiente de aprendizado para as famílias terem o conhecimento básico e seguirem com a terapia nutricional em casa, Karina ressalta também que "é possível transformar vidas por meio da Nutrição e estamos empolgados para compartilhar com outros especialistas do mercado a nossa expertise em pesquisa e desenvolvimento de soluções nutricionais, além de incentivar outros centros do Brasil a criarem espaços como este".

Sobre a epilepsia

A epilepsia é uma das doenças neurológicas com maior incidência e prevalência. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 50 milhões de pessoas no mundo têm epilepsia9, que pode afetar qualquer pessoa, em qualquer idade, sem distinção de sexo, raça ou classe social.

Existem dois tipos principais de crises epiléticas: as crises generalizadas e as parciais ou focais. No primeiro caso, os sintomas indicam que foram ativados neurônios de diferentes áreas do cérebro. Já as crises parciais ou focais, os sintomas indicam a ativação de um grupo localizado de neurônios. Na maioria dos casos as crises se manifestam de forma súbita e inesperada. O paciente pode ou não estar consciente do que está passando10. Quando não há resposta a dois ou mais medicamentos anticonvulsivantes, o que ocorre com 30%, os pacientes com epilepsia são chamados de farmacorresistente.

Sobre a dieta cetogênica

Um dos métodos de controlar a epilepsia dos pacientes era limitando, ou praticamente excluindo, quase todas as substâncias de origem animal, vegetal ou mineral, mantendo o corpo em jejum por longos períodos6. Os médicos observaram, em 1920, que com uma alimentação rica em gordura, com proteína adequada e com pouca ingestão de carboidratos, o organismo trabalhava de forma semelhante ao jesus6,11. Dessa maneira, os pacientes conseguem manter o tratamento da epilepsia sem interrupções6.

Saiba mais sobre a dieta cetogênica em http://dietaparaepilepsia.com.br/.

Sobre a Danone Nutricia 

A Danone Nutricia, criada da fusão das unidades de negócio Early Life Nutrition (ELN) e Advanced Medical Nutrition (AMN) em fevereiro de 2019, chegou ao mercado com o propósito de transformar vidas por meio da nutrição. Com a união das expertises de suas unidades de negócio, tornou-se uma potência em nutrição especializada do Brasil, tendo em seu portfólio soluções nutricionais inovadoras. A Danone Nutricia é parte do Grupo Danone, cuja missão é levar saúde por meio da alimentação ao maior número de pessoas.   

Referências:

  1. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas: Epilepsia. Portaria SAS/MS n 1319.
  2. Auvin S. "Should we routinely use modified Atkins diet instead of regular ketogenic diet to treat children with epilepsy?." Seizure 21.4 (2012): 237-240.
  3. Ashrafi MR, Hosseini AS, Zamani GR, Mohammadi M, Tavassoli A, Badv RS, Heidari M, Karimi P, Malamiri RA. The efficacy of the ketogenic diet in infants and young children with refractory epilepsies using a formula-based powder. Acta Neurol Belg. 2017;117(1):175-182.
  4. Guia de Orientações para Pais. Dieta Cetogênica. Danone Nutricia.
  5. Fenton C, Groveman S, Chee CM, Bergqvist AGC. Benefits of a Ketogenic Teaching Kitchen. J Child Neurol. 2019 Dec;34(14):886-890.
  6. Whelss JW. History of the ketogenic diet. Epilepsia. 2008;49(Suppl. 8):3-5.
    7. Amorim PV, Padilha PC, Accioly E. Dieta Cetogênica e sua aplicação no cuidado de crianças portadoras de epilepsia: uma revisão da literatura. Rev Bras Nutr Clin. 2013; 28 (1): 45-53
  7. Ramos AMF, abbai AA, Cintra IP. Impacto nutricional da dieta cetogênica em crianças com epilepsia de difícil controle. Pediatria (São Paulo). 2004;26(4):230-9
  8. World Health Organization. Epilepsy.
  9. Lima JML. Epilepsia - A abordagem clínica. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, [S.l.], v. 21, n. 3, p. 291-8, maio 2005. ISSN 2182-5181.

11. Freeman JM, Kossoff EH, Hartman AL. The Ketogenic Diet: One Decade Later.

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