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São Paulo lidera a expansão das vendas com alta de 18,32% em um ano. A redução das restrições da pandemia pode estar relacionada com o fenômeno

 

Dia de prevenção

O Dia Mundial da Hipertensão foi em 17 de maio e as notícias não são as melhores. Levantamento feito pela InterPlayers, com base em seu próprio banco de dados, mostra que entre abril de 2021 e março de 2022 as farmácias venderam, em média, 15,24% mais medicamentos para hipertensão do que nos 12 meses anteriores. O estado de São Paulo, que lidera a demanda por esse tipo de remédio, registrou a maior alta no período, 18,32%. 

O estado de São Paulo, que lidera a demanda por esse tipo de remédio, registrou a maior alta no período, 18,32%. O Rio Grande do Sul aparece na segunda posição em termos de crescimento (16,96%) e o Rio de Janeiro, que é vice-líder em vendas de remédios para hipertensão, apresentou o terceiro maior crescimento (13,69%), seguido pelo Paraná (13,64%) com pouca diferença. As unidades da federação que apresentaram as menores elevações foram o Rio Grande do Norte (6,48%) e a Paraíba (5,23%).

A hipertensão mata cerca de 10 milhões de pessoas por ano no mundo. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 30% dos brasileiros são hipertensos. Trata-se de uma doença crônica não transmissível, que é caracterizada pela elevação sustentada dos níveis de pressão arterial. Por ser assintomática, a hipertensão costuma evoluir com alterações estruturais e funcionais em determinados órgãos, como coração, cérebro, rins e vasos sanguíneos. É também o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), doença renal crônica e morte prematura.

Obesidade, histórico familiar, estresse, cigarro, sedentarismo, hábitos alimentares inadequados e envelhecimento estão associados ao desenvolvimento da hipertensão arterial. “Nos últimos dois anos, por causa da pandemia, as pessoas adotaram isolamento social e muitas consultas foram canceladas ou nem mesmo agendadas. Com isto, tratamentos foram interrompidos e novos casos deixaram de ser diagnosticados. Com a redução destas restrições muitas pessoas retomaram seus tratamentos e novos pacientes tiveram o diagnóstico e isto pode justificar tal variação”, analisa Ilo Souza, gerente de Inteligência Comercial, da InterPlayers.

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