Por Robert Tamasy
Você provavelmente já ouviu esta pergunta ser feita mais vezes do que seria possível contar: “Qual é o verdadeiro significado do Natal?” É possível que existam tantas respostas quanto existem pessoas. O que a observância do Natal aparenta ser variada de acordo com a nação, cultura e família, mas tipicamente é um tempo para que os familiares e amigos se reúnam, apreciem boa comida, troquem presentes e observem o encerramento de mais um ano. Para muitos é um tempo festivo, de diversão; para outros, pode ser um momento triste ou depressivo, um agudo lembrete de perda ou sofrimento.
Para o mundo profissional e empresarial, o Natal significa muito mais do que festas de escritório ao final de um ano de trabalho. Os varejistas têm a esperança de colher lucros que possam transformar o ano civil de medíocre em espetacular. Os contratos com os clientes estão sendo revistos – e espera-se – renovados. Metas anuais estão sendo reavaliadas; planos para o próximo ano estão sendo formulados. Uns poucos dias longe do trabalho durante as festividades de Natal proporcionam a chance de recobrar o fôlego antes de outro ano de atividades frenéticas.
Mas é em torno disto que gira o Natal? Alguém já descreveu esse tempo da seguinte forma: “tempo de pedir coisas que não necessitamos, receber coisas que não queremos, comprar coisas que não podemos pagar para pessoas que não gostamos.” Soa um tanto pessimista, não é mesmo? De alguma maneira, o apelo quase universal desse momento deveria estar baseado em algo mais do que ânsia por coisas e busca por lucros. Sendo assim, onde encontramos significado no Natal?
A primeira história de Natal é contada nos capítulos iniciais do evangelho de Lucas. Ali encontramos um homem e uma mulher jovens, judeus, noivos, ainda não oficialmente casados, fazendo o árduo trajeto de suas casas em Nazaré até Jerusalém. De acordo com o relato, não conseguindo encontrar um quarto numa hospedaria convencional, o casal se acomodou em um estábulo, onde nasceu o menino Cristo, sendo sua primeira cama uma humilde manjedoura.
A representação tradicional da Natividade oferece diferentes perspectivas. Pastores, animais de curral, anjos e magos – todos figuram de forma significativa. Mas, o que não está presente nessa cena é a rude cruz de madeira na qual essa criança – a quem a Bíblia chama de Deus Encarnado – vai terminar sua vida terrena. Sem a cruz, não haveria necessidade de lembrar ou celebrar o primeiro Natal. Refletir sobre isso mostra-nos coisas importantes acerca de Deus – coisas que deveriam se refletir na vida de Seus seguidores. Entre elas:
O cartão de visitas de Cristo foi Sua humildade. Por mais difícil que seja imaginar ou conceber, o Deus de toda a criação e eternidade entrou no tempo e tomou a forma humana. “Mas (Ele) esvaziou-Se a Si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-Se a Si mesmo, e foi obediente até a morte, e morte de cruz!” (Filipenses 2:7-8).
Deus nos serve, portanto podemos servir a Ele. Uma celebridade ou um dignitário, sempre esperam que as pessoas os sirvam em suas necessidades. Mas quando Jesus veio Seu propósito era servir aos outros. “Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos.” (Marcos 10:45).
Ele Se tornou acessível. Por um tempo, Deus – na pessoa de Jesus Cristo – Se tornou tão semelhante a nós quanto possível. “Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-Se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo o tipo de tentação, porém, sem pecado.” (Hebreus 4:15).
Robert J. Tamasy, vice-presidente de comunicações da Leaders Legacy, corporação beneficente com sede em Atlanta. Geórgia, USA. Com mais de 30 anos de trabalho como jornalista, é co-autor e editor de nove livros. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de Juan Nieto (jcnieto20@gmail.com).
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