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Ao contrário do que a grande maioria pensa, o câncer de pulmão também acomete não-fumantes. Fique atento aos sintomas

 

São Paulo, 31 de maio de 2019 – O cigarro é, de longe, o mais importante fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão1. Em cerca de 85% dos casos diagnosticados, a doença está associada ao consumo de derivados de tabaco1. Para alertar a população sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) determinou que em 31 de maio seja celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco2.

O tabagismo continua sendo a maior ameaça à saúde pública que o mundo já enfrentou. Os produtos de tabaco matam dois em cada três de seus consumidores e afetam também a saúde de pessoas que não fumam, mas inalam a fumaça de produtos de terceiros. Além de causar câncer, o consumo do tabaco gera enormes gastos para as nações tanto pelos custos elevados de atenção à saúde como pela perda de produtividade no trabalho, e vem sendo cada vez mais reconhecido como um fator agravante de pobreza, da fome e da desnutrição3.

A exposição passiva ao tabaco e o tabagismo em si são importantes fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão1, doença que, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), deve chegar à marca de pouco mais de 30 mil novos casos no país por ano, no biênio 2018-20194. “Essa enfermidade pode ser assintomática em estágios iniciais5, ou até confundida com outras doenças, já que os sintomas, como tosse, falta de ar, dor no tórax e escarro com sangue6, também são comuns em outros problemas respiratórios. Por isso, o diagnóstico muitas vezes é desafiador e tardio”, diz a oncologista Dra. Renata Eiras Martins, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP).

Mas nem sempre o câncer de pulmão está relacionado ao tabagismo. A doença é dividida em dois grupos: pequenas células (CPPC) e não pequenas células (CPNPC). Entre os subtipos de CPNPC, o adenocarcinoma representa 50% dos casos7. Entre eles, existe um subtipo, mais comum em não fumantes, que ocorre a partir de mutações no receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR)8. Nesse caso, o tratamento mais indicado é a terapia-alvo, como o afatinibe, que foi incorporado ao Rol de Procedimentos da ANS em janeiro de 20189 para pacientes com plano de saúde diagnosticados com adenocarcinoma de pulmão com mutação no EGFR, e cuja eficácia foi comprovada pelo estudo clínico LUX-Lung 10.

O afatinibe, quando seguido de osimertinibe, é ainda uma estratégia atraente para pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) com mutação no EGFR, oferecendo benefícios clínicos a um número substancial de pacientes, enquanto - o que é importante - prolonga o tempo de permanência sem quimioterapia, segundo o estudo GioTag, cujos resultados foram publicados na revista Future Oncology11.

“GioTag é o primeiro estudo global para pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) com mutação no EGFR que avalia uma sequência de terapias-alvo da maneira como são utilizadas na prática clínica diária. Isso poderá ajudar os médicos na tomada de decisões sobre o tratamento adequado”, completa a Dra. Renata.

 

Com o aumento da incidência de casos de câncer de pulmão é importante que os pacientes fiquem atentos aos sintomas e não deixem de consultar um médico em caso de tosse persistente, fadiga, falta de ar e dores no peito, por exemplo.

Redação Dikajob com assessoria de imprensa

Referências:
1 - Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva. Acesso em 18 de abril de 2019. Disponível em https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pulmao
2 - Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva. Acesso em 18 de abril de 2019. Disponível em https://www.inca.gov.br/campanhas/dia-mundial-sem-tabaco
3 - Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva. Acesso em 18 de abril de 2019. Disponível em https://www.inca.gov.br/campanhas/dia-mundial-sem-tabaco/2017/o-cigarro-mata
4 - Estimativa 2018: Incidência de Câncer no Brasil/Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. – Rio de Janeiro: INCA, 2017.
5 - A.C. Camargo Cancer Center. Acesso em setembro de 2018. Disponível em: http://www.accamargo.org.br/tipos-de-cancer/pulmao.
6 - Mascarenhas E, Lessa G. Perfil clínico e sócio-demográfico de pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células atendidos num serviço privado. J Bras Oncol Clin. 2010;7(22):49-54.
7 - Costa G, Thuler LC, Ferreira CG. Epidemiological changes in the histological subtypes of 35,018 non-small-cell lung cancer cases in Brasil. Lung Cancer. 2016;97:66-72.
8 - Shi Y, Au JS, Thongprasert S, et al. A prospective, molecular epidemiology study of EGFR mutations in Asian patients with advanced non-small-cell lung cancer of adenocarcinoma histology (PIONEER). J Thorac Oncol. 2014;9(2):154-62.
9 - Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Rol de Procedimentos e eventos em saúde 2018, Anexo II. Diretrizes de utilização para cobertura de procedimentos na saúde suplementar.
10 - Park K, Tan EH, O'byrne K, et al. Afatinib versus gefitinib as first-line treatment of patients with EGFR mutation-positive non-smallcell lung cancer (LUX-Lung 7): a phase 2B, open-label, randomised controlled trial. Lancet Oncol. 2016;17(5):577-589.
11 - Hochmair MJ,Morabito A, Hao D, et al. Sequential treatment with afatinib and osimertinib in patients with EGFR mutation-positive non-smallcell lung cancer: an observational study. Future Oncol. 2018;14(27):2861-2874. doi: 10.2217/fon-2018-0711. Epub 2018 Oct 19.

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