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by Úrsula Neves | PebMed

 

O Ministério da Saúde incorporou os dois medicamentos contra osteoporose atendendo a uma recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec).

Conforme as portarias publicadas, os medicamentos deverão ser oferecidos à população através do SUS no prazo máximo de 180 dias contados a partir da data de incorporação, que foi em 21 de julho.

Confira as novas incorporações

O ácido zoledrônico é um medicamento utilizado para o tratamento de pacientes com osteoporose que apresentam intolerância ou dificuldades de deglutição dos bisfosfonatos orais.

A incorporação do ácido zoledrônico se deve, entre outras razões, à sua alta capacidade de se ligar ao osso mineralizado. Ao ser administrado, a substância age rapidamente no osso, inibindo o desequilíbrio entre a reabsorção de cálcio e a remodelação óssea.

Já a teriparatida é um medicamento indicado para o tratamento da osteoporose com alto risco para fraturas tanto em mulheres na pós-menopausa como em homens.

Segundo o relatório do Conitec, o uso da substância evita novas fraturas vertebrais na comparação com risedronato em todos os estudos (54% de redução do risco).

A teriparatida apresentou maiores aumentos da mudança da densidade mineral óssea (DMO) do que os seus comparadores, especialmente para coluna lombar e colo femoral (aumento da DMO maior que o comparador em 1,0% a 8,6%).

Meta-análises mostraram superioridade da substância em relação a alendronato; além da superioridade de teriparatida em relação a denosumabe para DMO em colo femoral e coluna lombar (aumento da DMO 2,2% a 7,4% maior).

Vale lembrar que o Protocolo Clínico e de Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde já disponibiliza no âmbito do SUS o uso de vitamina D e cálcio, raloxifeno, estrógenos conjugados, calcitonina (spray nasal) e os bisfosfonatos orais (alendronato e risedronato) para o tratamento de pacientes com osteoporose.

Orientações aos médicos

A osteoporose, doença que aumenta a fragilidade óssea e suscetibilidade à fratura, afeta cerca de 200 milhões de pessoas no mundo.

No geral, a prevalência de osteoporose em estudos brasileiros varia de 6% a 33% dependendo da população e outras variáveis avaliadas.

Entre os indivíduos com a enfermidade, aqueles que apresentaram fratura osteoporótica têm duas vezes o risco de nova fratura. A condição afeta, principalmente, pessoas a partir dos 50 anos. Geralmente, a osteoporose não apresenta sintomas e só é descoberta a partir de uma fratura.

Sendo assim, os médicos devem focar nos fatores modificáveis na evolução da doença durante o atendimento aos pacientes:

  • Alimentação: Orientar sobre a importância da redução do consumo de cafeína, do aumento do aporte de cálcio e de vitamina D3, além de reposição hormonal, quando indicada;
  • Estilo de vida: Estimular a prática de atividades físicas regulares, redução do consumo de álcool e interromper o tabagismo, sempre que possível.
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