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A luz do fim do túnel para o tratamento de doenças genéticas pode chegar já no ano que vem graças à colaboração de US$ 900 milhões entre a Vertex, farmacêutica altamente focada em inovação, com a Crispr Therapeutics, empresa de biotecnologia fundada há dez anos na Suíça.
A parceria chegou a uma solução para doenças sanguíneas genéticas raras que já se mostrou promissora no tratamento da anemia falciforme e da talassemia. O terapêutico usa a tecnologia chamada Crispr, ou tesouras genéticas: as células-tronco do paciente são extraídas, o DNA celular é modificado para estimular a produção de um tipo de hemoglobina que o corpo gera na infância e as células modificadas são colocadas de volta no paciente para aumentar a hemoglobina saudável e a quantidade de glóbulos vermelhos.
O conceito de ‘edição’ de genes Crispr deu à francesa Emmanuelle Charpentier e à americana Jennifer Doudna o Prêmio Nobel de Química em 2020. Charpentier, aliás, é cofundadora da Crispr Therapeutics. A nova droga deverá ser submetida a agências reguladoras de Estados Unidos e Europa até o fim do ano.
(Nota publicada na edição 1283 da Revista Dinheiro)
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